A
política é o ápice da democracia e o pedestal da civilidade, pois através deste
instrumento democrático, a sociedade detém em suas mãos o poder de eleger seus
governantes, pessoas escolhidas no seio social para gerir de forma coerente,
responsável e proba a máquina estatal.
Nesse
sentido, espera-se que o gestor público, exerça sua função com a devida
observância dos princípios constitucionais norteadores da Administração Pública
tais como: legalidade, impessoalidade, publicidade, eficiência e moralidade.
O princípio
da moralidade expresso na sublime Constituição da República Federativa
estabelece que: o administrador deve ter uma atuação balizada na honestidade,
lealdade, decoro e probidade, pilastras básicas ao exercício da atividade
administrativa.
A
política, legítima ciência do bem comum, muitas vezes é distorcida e
transformada num oceano de corrupção, onde impera a mentira, desonestidade,
falsidade e chantagens, tudo em detrimento da ética, moral, honra e honestidade;
via de regra é exercida na configuração de um jogo de interesses, jogo este,
sedutor e atraente para os donos do poder, porém, mortífero para a grande massa
popular
Hodiernamente
no cenário nacional parece não haver compromisso com nenhuma ideologia de
política afirmativa, pois basta ver a facilidade que os candidatos fazem e
desfazem alianças.
Esse
vai e vem não ocorre de uma desavença ideológica, mas sim, de um joguete de
interesses próprios, um verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito.
Estes
personagens erroneamente designados como políticos vivem exclusivamente na ânsia
de saciar suas ambições, luxurias e prazeres, uma incomensurável megalomania
devastadora do interesse público.
Esse
procedimento dissoluto e tortuoso, inegavelmente degrada a sociedade, pois, assola,
arruína e perverte todas as camadas sociais, funcionando na prática como uma
fonte geradora de corrupção.
Através
do voto direito e secreto, arma do cidadão, é perfeitamente possível destruir esta
promiscuidade exterminadora do bem comum, no entanto, o voto deve ser sempre utilizado
no desígnio de propiciar a supremacia do interesse público sobre o privado,
jamais no escopo de aferir vantagens indevidas.
Seria
bom se todos acompanhassem as ações, atitudes e, principalmente o histórico
político dos que se habilitam a conduzir a Administração Pública.
Nobre
eleitor voto não é mercadoria, portanto, não deve em hipótese alguma ser
comercializado, do contrário estar-se aniquilando a dignidade humana e
difundindo a corrupção generalizada.
Acredito
sinceramente que, em breve, o povo saberá repulsar todos os ímprobos dos poderes
constituídos, autênticos abutres de colarinho branco, violadores do interesse
público, assassinos da ética e da moral, desvirtuadores da democracia, liberdade
e justiça.
O
saudoso paraibano Augusto dos Anjos, com toda sua genialidade afirmava:
A esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não
sucumbe à crença.
Vão-se sonhos nas
asas da descrença,
Voltam sonhos nas
asas da esperança.
Muita gente infeliz
assim não pensa;
No entanto o mundo
é uma ilusão completa,
E não é a esperança
por sentença
Este laço que ao
mundo nos manieta?
Mocidade, portanto,
ergue o teu grito
Sirva-te a crença
de fanal bendito,
Salva-te a glória
no futuro, avança!
E eu, que vivo
atrelado ao desalento,
Também espero o fim
do meu tormento,
Na voz da morte a
me bradar: descansa!
(*) Acadêmico do curso Ciências Jurídicas e
Sociais, Direito - Cajazeiras, Paraíba.
(*) Escritor do blog da Escola Monsenhor Vicente
Bezerra. Tel (88) 3543-3903 Email: monsenhorbezerra@yahoo.com.br