sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Venda Grande d'Aurora - Pequenos informes sobre o desenvolvimento educacional




1857 (25 de agosto) – Através da Lei nº 806 desta data, é criada na Povoação da Venda, a Cadeira de Primeiras Letras (Escola de Instrução Pública Primária). (LCE, 1871, p. 29).
        O sistema de ensino na época era organizado por lei provincial e constava de instrução pública primária e secundária, sob a inspeção de um diretor geral, nomeado pelo Presidente da Província. O ensino, dividido em dois graus pela Lei orgânica de 22 de outubro de 1855, foi depois reduzido em 1859 ao primeiro grau, ou primeiras letras, que se dava pelas disciplinas: Instrução moral e religiosa, leitura e escrita, noções essenciais de gramática nacional, princípios de aritmética com prática das quatro operações em números inteiros, quebrados, decimais e complexos, e sistema usual de pesos e medidas da província e do império. O ensino propriamente dito era confiado a professores vitalícios providos em concurso público, que só obtinham a vitaliciedade depois de cinco anos de bons serviços (estágio probatório).
        Os professores eram pagos pelos cofres provinciais com ordenado certo e gratificação e deviam ter casa própria onde funcionaria a escola, quando o número de alunos chegasse a 40 nas cidades e 30 nas vilas e povoações. (BRASIL, Thomaz Pompeo de Sousa, Ensaio Estatístico da Província do Ceará, Fortaleza, 1997, p. 68).
         Como primeiro Professor na Povoação da Venda, tomando posse no ano seguinte à criação da Instrução Pública, Joaquim Antônio Firmino de Sousa (1858 a 1860). A ele, sucederam-se: Simeão Correia de Macêdo (1860 a 1867), João Pinto Teixeira (1868 a 1869) e Romualdo Ferreira Santiago (1870 a 1874).
       Somente quatorze anos após a criação da referida Cadeira de Primeiras Letras, específica a alunos do sexo masculino, criou-se na Venda a Cadeira de Primeiras Letras do Sexo Feminino, momento em que o lugarejo passava a Distrito de Paz pertencente à Lavras. Assumiu como primeira Professora, seis meses após a criação da dita Escola feminina, Antônia Raymunda Souza de Lima, que exerceu o ofício de 1872 a 1876.
        Faz-se importante destacar neste tocante, a extinção no ano de 1889 de ambas as Cadeiras de Instrução Pública, com a consequente fusão e criação da Escola de Ensino Mixto (para ambos os sexos) referenciada por vezes com Escolas Reunidas de Aurora, e que a frente do tempo, originaria a atual Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra.


Exftraído de Venda Grande d'Aurora (Fortaleza, Expressão Gráfica, 2012)
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE AURORA


                                         Luiz Domingos de Luna*

Via de regra, toda cidade tem no conjunto do inconsciente coletivo, o cerne da alma viva registrado, deste o primeiro sopro interativo coletivo no espaço tempo, ao presente momento.

Essa premissa, não contém Aurora, pois sua história foi toda montada em um enredo poético literário, conto, romance, ou numa linguagem mais própria – Versões poéticas de Aurora, que podem ser advindos do nascer do sol, de uma venda, ou mesmo de uma senhora sem venda, e até os mais audaciosos, ser a princesa Isabel a autora do nome da cidade.

É mister afirmar que: um estudante ao fazer um trabalho cientifica sobre a História de Aurora, saia com mais dúvidas do que quando começou, pois são tantas versões, tantas possibilidades que posso afirmar categoricamente que, estudar a história de Aurora é estudar um pântano de interrogações e mistérios que tende ao infinito.

De uma forma geral os aurorenses são historiadores, principalmente de sua própria história, pois senão vejamos: em um dado amostral ao se fazer uma entrevista com qualquer um, ao referenciar um dado histórico já devidamente arraigado na literatura revisada, o entrevistado já vai logo refutando tal afirmação: “Meus avós falavam sobre isto, mas de fato não foi bem assim”, pois naquela época tinha um: e acrescenta mais um palmo na história ou diminui três, dependendo da fonte em pesquisa, assim, o que já é de difícil compreensão passa a ser quase que impossível.

O escritor que, de boa fé, acrescentar um fato novo na história de Aurora se não estiver de acordo com a mediana do inconsciente coletivo mutante, incrivelmente mutante, rico em diversificação, terá sua fonte desacreditada pelos aurorenses, pois o que seria um dado histórico inovador, rico e necessário, passará a ser uma invencionice do autor ou mesmo da fonte consultada.

Não sei a vigilância com esta história de Aurora é de fato, necessária ou não, pois se aprova o mito que não existiu e reprova o fato comprovado novo. Na verdade é um grande Paradoxo. Assim, com quase 130 anos de história se convive harmonicamente com o mito na espreita de negar, ou mesmo reprovar, o fato novo verídico.

Dessa maneira, somente resta aos historiadores do presente, deixar sua versão mesmo comprovada, como uma versão cientifica, pois a versão mitologicamente rica e diversificada continuará para sempre no inconsciente do aurorense.

Considerando que algum escritor com seriedade, compromisso com a educação comece a fazer uma pesquisa sobre a história da Educação de Aurora para a elaboração de um livro didático, com certeza a primeira pista: {as famosas Escolas Reunidas de Aurora} que deram origem ao primeiro educandário da Rede Publica Estadual do Cariri Cearense - Escola Monsenhor Vicente Bezerra com fundação no dia 15 de março de 1927.

Dada a vigilância dos aurorenses, um segmento respeitável irá pesquisar intensivamente os dados para verificar a autenticidade, e, mesmo verificando e comprovando a autenticidade, ainda ficará aberta a possibilidade da versão, ou seja, de alguém dizer “meu avô dizia que a educação começou mesmo numa casinha de.... Somente que ela foi esquecida, hoje tem esta história bonita, mas tudo começou assim...” Assim nasce o mito, e o mito nasce com tanta força e intensidade que se não tiver muito pulso, até o autor passará a acreditar no mito.

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora – Ceará.


















segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A VERDADEIRA ÁGUIA DO MONSENHOR - MARIA IRENILDE BARBOSA LEITE -


Vicente Luna de Alencar*

Não basta ser heroína, tem que fazer a diferença, assim foi e continua a ser a professora Maria Irenilde Barbosa Leite que, ao longo de seus trinta anos de dedicação exclusiva ao magistério, fez toda uma diferença na E. E.F. M. Monsenhor Vicente Bezerra.

Sua história começou a tomar forma quando, ao terminar o ensino médio, ingressou na Universidade Federal da Paraíba, Campos V – Cajazeiras - PB, foi uma longa travessia marcada por dificuldades até chegar aquele centro de educação, nesta época, já casada e grávida do seu primogênito tinha que levantar às quatro da manhã para pegar um ônibus, ou depender de carona para chegar à universidade, fora tempos difíceis, outrossim, dada a obsessão das verdadeiras águias, que não desistem nunca de alçar voos mais altos, essa grande educadora fez da sua vida uma dedicação plena por um ensino de qualidade na Escola Monsenhor Vicente Bezerra.

Além de educadora é Psicóloga por vocação-nata, conhecedora da alma humana com ninguém, aprendizado esse, adquirido pela convivência com os alunos, poderia ter seguido qualquer profissão, pois seus conhecimentos estão alicerçados em {base sólida}, foram forjados e temperados pela competência e obstinação do compartilhamento inerente as majestosas águias verdadeiras.

Quanto mais aprimorava os seus conhecimentos, mais íntima se tornou dessa comunidade, não medido esforço pra fazer da Escola Monsenhor Vicente Bezerra um centro de referência educacional na região do Cariri cearense, pois, com grande esforço, trabalho incansável, juntamente com seus colegas de trabalho esta valiosa conquista foi alcançada, neste sentido, ela fez vôo contrário das águias, enquanto estas, vivem solitariamente acima das nuvens, ela foi buscar nos seus companheiros a força necessária para atingir seus objetivos.

Hoje, a Escola Monsenhor Vicente Bezerra, tem mais do que uma divida de gratidão para com essa brilhante educadora, tem o carinho, o respeito, o reconhecimento dos colegas, dos alunos, dos pais pela sua dedicação e competência educacional - Comprovada.

Sua contribuição como gestora deste educandário servirá sempre de pilastra para aos futuros gestores, a sequência de seus passos, na certeza de que esta escola continuará sendo referência educacional no nosso município e quiçá no Estado do Ceará como um todo.

Após trinta anos de sacerdócio no magistério a verdadeira águia do monsenhor faz pauta as suas atividades, mas continua apta para assumir voos mais altos na pontuação sublime com a mesma força e competência que lhe é peculiar.  Salve!!! Agora já, entronizada na história desta casa de Educação, como: A Verdadeira águia do Monsenhor- No pousar da missão um horizonte infinito se abre nas linhas sagradas do livro da História da Educação no querido Município de Aurora no Estado do Ceará.

(*) Ex Secretário de Educação do Município de Aurora, professor, vice – diretor, diretor e atualmente coordenador Escolar da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra, rua Cel. José Leite s/n Araçá – Aurora – Ceará. CEP: 63.360.000 TEL (88) 35433903 EMAIL: monsenhorbezerra@yahoo.com.br






quarta-feira, 22 de agosto de 2012

AURORA - DO MENINO DEUS A SANTA POPULAR - MÁRTIR FRANCISCA.


Luiz Domingos de Luna*

O Poeta deu o Nome - Aurora!!!

Da fazenda logradouro aos dias atuais este nome porta um mistério que dos mais distintos períodos da historiografia do cariri, estudiosos, pesquisadores, historiadores a decifrar o porquê: uma corrente foi buscar explicações e para isto colocaram logo uma venda, uma senhora para como proprietária, a mulher ficou sem nome, daí surgiu a mulher da venda, a fazenda logradouro ganhou o nome de venda, a outra corrente resolveu tirar a venda da senhora, ao tirar a venda a ilustre senhora começou a ver o sol, daí surgiu o nome de Aurora. Na verdade ninguém ainda a esta altura sabia o nome da mulher, assim se buscou outras alternativas, mas a cada investida, mais indagações surgiram, mas complicado ficava, até que resolveram dizer que o habitante da época Benedito José dos Santos fora ao Rio de Janeiro e lá, finalmente, a Princesa Isabel, resolvera de fato o imbróglio, dando o nome da localidade de Aurora, os historiadores se calaram, mas os poetas não, pois o maior poeta de Aurora, Francisco Leite - Serra azul, afirmou categoricamente que o nome Aurora tinha sido dado por ele para completar uma rima de sua Poesia: Aurora ( Antiga venda). Assim o nome de Aurora surgiu de uma poesia de Serra Azul. Os historiadores acordaram para o nome Aurora, a “guerra” entre os historiadores e poetas continua. Quem vai trazer a verdade, os fatos, os historiadores, os poetas, ou o mistério continua.

O Nome Menino Deus

O Padroeiro de Aurora – Menino Deus- é uma grande pesquisa para os historiadores, e uma grande certeza para os poetas, pois para os poetas antes de Aurora, o Menino Deus já era padroeiro de Aurora. A Poesia é simples assim.

A Santa Popular de Aurora - Mártir Francisca

Os historiadores já cansados de tanto pesquisar, diante da santa popular de Aurora, se uniram aos poetas e junto com o povo numa união perfeita somente a aclamar!!! Deixaram a pesquisa, esquecera a historia, a poesia fugiu para aos pés da Mártir Francisca, o povo construir sua santa e a poesia terminar.

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora – Ceará.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

FAMÍLIA MONSENHOR: TRABALHO E FÉ



Fátima Pereira*
       
      A Semana da Família é um dos grandes movimentos missionários da igreja no Município de Aurora, por isso devemos valorizar a fé dentro da Escola Monsenhor Vicente Bezerra. A Família de Nazaré sempre foi e será o modelo para a nossa Comunidade Escolar. Ela é a base de um mundo mais justo. Com amor e fidelidade, os pais podem ajudar seus filhos para o crescimento intelectual, pois é através do diálogo entre pais e filhos que acontece a convivência de paz, serenidade e confiança dentro da sociedade.

      Uma criança agredida e maltratada, provavelmente será agressiva e violenta com os colegas e professores; porém se o aluno vive em um ambiente amoroso e acolhedor será uma pessoa maravilhosa de se conviver. A família precisa de amor para ser bem estruturada e a sociedade precisa das famílias para realizar a justiça e a paz.

       Na semana da Família, quero sensibilizar as pessoas para a valorização da família {na fé} dentro da Escola, na busca da solidificação da paz interior e no fortalecimento de uma sociedade justa e feliz.

          Fazer parte da “Família Monsenhor” é ser o “rosto da Família de Nazaré”. Viver sempre baseado em valores sólidos, como: solidariedade, integridade, ética, moral, trabalho, simplicidade, humildade, amor, parceria, inovação e cidadania – atitudes que fazem parte da família da Escola Monsenhor Vicente Bezerra no seu cotidiano.

         É primordial que as Famílias estejam interagindo com a educação de seus filhos, na construção de valores significativos do bem comum, no processo constante e contínuo na relação ensino-aprendizagem.

        (*) Professora da Rede Pública Municipal de Aurora – Colégio Antonio Amâncio de Macedo no Distrito do Tipi. Ex- Diretora do Colégio Municipal Padre Cícero Romão Batista, no Sítio Mocó, Coordenadora Pedagógica da Escola Monsenhor Vicente Bezerra, educandário pertencente à Rede Pública Estadual de Ensino, sito a rua Cel. José Leite s/n – Araçá – Aurora – Ceará. CEP: 63.360.000. TEL: (88) 3543.3903 Emails: monsenhorbezerra@yahoo.com.br


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

RELÍQUIA LITERÁRIA DE PE. LUNA, JOÃO MIRABOU E EMÉRCIO DO SR. BIRÓ

Autores: Padre Francisco de Luna Tavares ( Pe. Luna) João Mirabou Macedo Fernandes e Emércio do Sr Biró.

Poetas

João Mirabou Macedo Fernandes – Nasceu no sitio Mané (Terreno de Tio José Macedo), nasceu no  distrito de Santa Vitoria aos 08 de Março de 1946, fundou o Centro Estudantil de Aurora em 1969, filiado a UEC, União dos Estudantes do Crato, foi considerado o Líder da Juventude Aurorense,por realizar as melhores festas na ABA (Associação Beneficente de Aurora) cursou a 8ª série no Colégio Paroquial Senhor Menino Deus, fez o segundo grau em São Paulo, e ingressou na Universidade São Judas Tadeu, cursando Engenharia Industrial Elétrica (em São Paulo);

Pe.  Francisco de Luna Tavares – Diretor Colégio Paroquial Senhor Menino Deus, E pároco de Aurora;

Emércio falecido, filho primeiro do Sr.  Biró estudou em Aurora, e terminou o segundo grau na cidade do Crato, depois foi para o Acre.
Escreveram o seguinte verso na campanha política, do Candidato a Prefeito, o Sr. Teotônio Gonçalves Neto, vulgo Teó em 1970.

PRIMEIRO VERSO (CONSCIENTIZAÇÃO DO ELEITOR)

Meu caro amigo eleitor
Me preste sua atenção
Aprenda bem a votar
Nesta próxima eleição
Para que seu voto livre
Tenha boa aplicação.

O prefeito da cidade
Tem que ser independente
Não pode ser governado
Por um grupo de Gente
Para poder bem servir
Ao seu povo consciente

Há de ter boas qualidades
De bom administrador
Ser popular dedicado,
Honesto e trabalhador
Servir a comunidade
Sem medir pena e nem dor...

OBS: FALTA MAIS 7 ESTROFES
SEGUNDO VERSO (CARACTERISTICA DO ELEITOR)

Sou eleitor e me ufano
De ter-me qualificado
Para votar em Outubro
Cumprindo um dever sagrado
De cidadão brasileiro
Consciente e educado

Votar por patriotismo
Tal é o meu ideal
Trabalhar por minha terra
Afastando todo mal
Da praga dos demagogos
Só promessa nada real.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Amarílio Tavares Gonçalves - 90 anos de nascimento!

   


       Via a luz do mundo, aos 8 de agosto de 1922, o escritor aurorense Amarílio Tavares Gonçalves, filho de José Gonçalves Leite e Lydia Alves Tavares. Foi batizado na Igreja Matriz da Vila d’Aurora aos 27 do mesmo mês e ano pelo Pe. Vicente Augusto Bezerra, sendo seus padrinhos: Sebastião Alves Pereira e Maria Xavier Quezado (Livro de Registro de Batismos da Paróquia do Senhor Menino Deus de Aurora, 1920-1924, p. 169).
      Bancário, exerceu a função inicialmente em Fortaleza em 1941, no Banco dos Proprietários. Posteriormente, trabalhou no Banco do Brasil em Natal (RN), Senador Pompeu e Crato (CE), e João Pessoa (PB), onde bacharelou-se em direito na Universidade Federal da Paraíba em 1977. É autor das obras: A Outra Face da Moeda (João Pessoa, 1988) e Aurora, História e Folclore (Fortaleza, 1993), este último, principal livro sobre a Historiografia de sua terra berço, obra comemorativa ao centenário de criação do município. Seu trespasse ocorreu na capital paraibana, onde residiu por mais de duas décadas, aos 20 de dezembro de 2007, vítima de infarto aos 85 anos de idade.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

CONSIDERAÇÕES DO MESTRE - VICENTE LUNA DE ALENCAR - SOBRE A ESCOLA MONSENHOR VICENTE BEZERRA.

BENS IMATERIAIS PRODUZIDOS - 85 ANOS - NA ESCOLA MONSENHOR VICENTE BEZERRA, AURORA - CE.

E o vento voltou a soprar em terras áridas, quando no ano de 1927 foi implantada a E.E.F. M Monsenhor Vicente Bezerra, ainda com a denominação de Grupo Escolar que tinha a singela pretensão de alfabetizar os filhos de Aurora, as primeiras instruções para o descobrimento da magia do mundo do saber sistematizado.
A cada década vivenciada por esta instituição de ensino são acumulados muito bens, porém, o mais importante, não pode ser tocado concretamente, tão somente - sentido, pois estão presentes em cada canto da escola, no sorriso das crianças, na preocupação dos professores, no esfregar das vassouras nas mãos dos funcionários, nos passos de cada pai com que vêm deixar seus filhos com a esperança de romper com um círculo a que foram submetidos, enfim, no brilho dos alunos “a desafiar a própria condição precária de vida”, esses bens imateriais não podem passar despercebidos, nem perderem a sua importância no contexto social e cultural do município sob pena de se perder a própria identidade.
Imaginar uma sociedade que não valoriza, não incentiva e, sobretudo, não passa o registro para os anais da história, sua presença, é continuar deixando que o vento continue a soprar sem direção em terras estéreis, neste sentido, a EEFM Monsenhor Vicente Bezerra vem cumprindo com maestria sua função de educar seus filhos para o trabalho e para a vida, visto, os bens imateriais produzidos ao longo dos seus oitenta e cinco anos extrapolam as delimitações da escola até ao cenário brasileiro, através dos seus filhos ilustres que tão bem representam esta terra localizada na região centro sul do cariri cearense.
Uma escola que viveu e conviveu com todos os tipos de regimes e que foi forjada pela bandeira da democracia, merece ser referenciada pelos seus filhos, como a maior instituição educacional do Município, pois sua história se confunde com a própria História da cidade, não há como dissociar uma da outra – Aurora e Escola Monsenhor Vicente Bezerra.
Uma escola que traz no seu interior o espirito da Fênix “que se inova e se renova” para continuar desempenhando o papel para a qual foi concebida, que é de ofertar um ensino de qualidade, alicerçado nos pilares da humildade, da liberdade e na construção de um mundo melhor só nos enche de orgulho por fazer parte desta instituição.
Vicente Luna de Alencar. Ex- diretor, professor, atualmente coordenador da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra. Rua Cel. José Leite s/n – Araçá, Aurora Ceará. TEL ( 88) 35433903 Email: monsenhorbezerra@yahoo.com.br.