quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Colégio Monsenhor Vicente Bezerra Promove neste sexta-feira sua 5ª Feira de Ciências, Artes e Cultura

O colégio Monsenhor Vicente Bezerra  do Araçá - de longe o mais antigo estabelecimento de ensino de Aurora,  promove nesta sexta-feira(29) por meio da sua tradicional feira de ciências, mais um dia inteiramente dedicado à exposição pública da produção científica, artística e cultural do seu alunado. 
A Feira este ano na sua V edição tem como tema: "Passos de juventude sadia, semente de sociedade e harmonia", cuja organização esta a cabo dos seus professores, funcionários e dos próprios alunos do educandário. Conforme o núcleo gestor da escola, uma vasta e eclética programação será desenvolvida durante toda a sexta-feira, dia 29 de novembro com abertura prevista para às 8h da manhã, devendo se estender até às 19 horas quando acontecem as apresentações culturais de encerramento.
Colégio Monsenhor Vicente Bezerra
De modo que toda a comunidade aurorense está sendo convidada a tomar parte do acontecimento, segundo assegurou o seu atual diretor, o professor Vicente Luna.
Dentre outras ações e atividades socioculturais há que destacar: Exposição de projetos educacionais, atendimento de saúde pública com orientações educativas e  preventivas, bem como uma série de apresentações artística e culturais.
Cumpre informar ainda que a Secretaria de Cultura e Turismo do município(Secult) estará, à convite da direção da escola, fazendo uma exposição dos novos instrumentos musicais recentemente adquiridos pela gestão municipal. Os mesmos fazem parte do projeto de revitalização e municipalização da Banda de Música Sr. Menino Deus que em breve estará sendo concretizado pela pasta de cultura do município.
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Da Redação do Blog da Secult e Blog da Aurora.
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A INFLUÊNCIA DO DESMATAMENTO PARA OS MORADORES DO SITIO GITIRANA, AURORA - CE¹


Gilvan Alves da Silva² e João Tavares Calixto Júnior2


RESUMO

Este trabalho objetiva investigar o nível de conhecimento sobre o desmatamento ocorrente em área de caatinga do sitio Gitirana no município de Aurora, Sul do Ceará, com o propósito de esclarecer as causas e conseqüências do tema em questão, enfatizando as principais características do bioma e apontando as consequências prioritárias do desmatamento para a população local. A pesquisa na localidade foi feita com base em observações in loco e utilização de questionário semi-estruturado com os moradores. De acordo com os resultados obtidos pode-se apontar o alto grau de desinformação da população local sobre todos os aspectos enfocados na pesquisa. Salienta-se ainda uma grande resistência sobre as mudanças de hábito necessárias à preservação da flora nativa com uma conseqüente melhoria da qualidade de vida dessa população.


INTRODUÇÃO

A região Nordeste brasileira ocupa aproximadamente 1.600.000 Km², o equivalente a cerca de 18% da superfície do Brasil, estando nesta área, inserida a região semiárida, que ocupa uma área que abriga 63% da população nordestina, com cerca de 900 mil Km², correspondendo a aproximadamente 70% da região Nordeste e 13% do território brasileiro. A importância ecológica dessa região se dá antes de tudo pela existência de um bioma único em sua maior parte. Esse bioma, peculiar e exclusivo, recebeu dos índios locais o nome de Caatinga, “a mata branca”, em virtude do aspecto da vegetação na estação seca, quando as folhas caem, e apenas os troncos brancos e brilhosos das árvores e arbustos permanecem (PRADO, 2003; CALIXTO JÚNIOR, 2009).
Desde o descobrimento do Brasil o homem vem destruindo a nossa flora e fauna tudo pelo dinheiro e sem a menor preocupação com o seu semelhante e muito menos com os outros seres vivos.
A caatinga, o bioma estudado, é a vegetação natural da localidade, sendo considerado o mais negligenciado dos existentes no Brasil, já que se encontra em regiões de baixo índice pluviométrico e relativa pobreza de espécies. De forma geral essa vegetação é formada por arbustos, árvores baixas, retorcidas e cheias de espinhos representadas principalmente por indivíduos das famílias Caesalpiniaceae, Mimosaceae, Euphorbioaceae e Cactaceae, todos adaptados a clima quente e seco.
A ocupação do ser humano na caatinga está trazendo grandes problemas, pois além dos fenômenos naturais, ainda existe a destruição antrópica em níveis elevados. Depois de tantos séculos de ocupação e com tanta tecnologia existentes pouco se sabe desse bioma, tornando-se urgente a necessidade de investigação científica que elucide problemas ecológicos nele existentes. O que mais interfere no desenvolvimento dessa vegetação são os desmatamentos para formação de pastagens e criação de gado, extração de madeira para padarias, cerâmica e o uso doméstico e também o manuseio da terra para a agricultura de forma indiscriminada, pois a falta de conhecimento da comunidade e o não investimento governamental para novas alternativas estão levando a caatinga à desertificação.
Como conseqüências do desmatamento existem vários fatores; a falta de vegetação que provoca um aumento na temperatura do planeta, tendo em vista que as plantas retiram do ar o (CO2) para realização da fotossíntese, com menos árvores esse gás acumulado na atmosfera funciona como uma parede de vidro em torno do planeta deixando a luz solar passar, mas retém o calor, provocando assim o efeito estufa, outra grande conseqüência é a diminuição de água no subsolo, pois com menos vegetação as águas pluviais caem e escorre rapidamente impedindo assim a penetração no solo, com isso as águas subterrâneas estão cada vez mais profundas, outros, fatos que fazem com que as águas fiquem mais profundas são os poços artesianos e as bombas de água enormes funcionando diariamente e sem controle.
A população brasileira já sente os efeitos colaterais do descaso com os nossos biomas, para cada agressão do ser humano, o planeta reage com um poder muito maior, destruindo até mesmo cidades, essas destruições naturais são para que o planeta se equilibre novamente, pois só existe vida se existir um equilíbrio natural.
As catástrofes naturais estão se intensificando, isso se deve ao descaso e a ignorância do ser humano, e se não houver uma tomada de consciência da população mundial a cada ano se presenciará catástrofes maiores.
Diante do exposto, a pesquisa sobre as causas e consequências do desmatamento pelos moradores do Sitio Gitirana, município de Aurora-CE (Figura 01), tem como intuito um levantamento do nível de conhecimento da população local sobre o tema e a análise dos aspectos que levaram ao atual nível de degradação ambiental na localidade e, a partir daí, poder desenvolver programas que visem à recuperação do ambiente degradado
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REVISÃO DE LITERATURA

O Bioma Caatinga

Do ponto de vista do meio ambiente, dois dos maiores problemas associados ao semi-árido são o elevado grau de degradação ambiental e o baixo conhecimento quantitativo e qualitativo de sua biodiversidade. O Bioma caatinga é, provavelmente, o menos estudado em relação à flora e à fauna e um dos que têm sofrido maior degradação, pelo uso desordenado e predatório, nos últimos 400 anos. Assim, em relação ao meio ambiente no semiárido, algumas das linhas de pesquisa que devem ser priorizadas são aquelas voltadas para um melhor conhecimento da biodiversidade e do seu uso pelas populações locais, que deveriam se constituir na base de qualquer programa que vise o desenvolvimento sustentável da região. Isso se justifica pelo fato do semiárido apresentar uma das biotas mais particulares do mundo, em composição e adaptações às condições do meio (DUARTE, 1992; CALIXTO JÚNIOR, 2009).
Andrade-Lima (1966), estabeleceu quatro tipos de caatinga no semiárido nordestino: Caatinga Arbórea; Caatinga Aberta, Caatinga Arbustiva Aberta ou Seridó e Caatinga Irreversivelmente Degradada, e apesar de não espacializar a caatinga arbustivo-arbórea, reconheceu sua existência (RODAL, et al., 2008).
Posteriormente, Andrade-Lima (1966), identificou seis grandes unidades vegetacionais na caatinga nordestina: a primeira inclui a porção sul da região semi-árida, com 800 a 1000 mm/ano de precipitação pluviométrica, apresentando árvores de até 30 m; a segunda representa as típicas caatingas florestais e caracteriza-se por um estrato arbóreo com árvores entre 7 e 15 m, ocorrendo principalmente em solos derivados do cristalino; a terceira ocupa solos de origem sedimentar e distingue-se por uma vegetação baixa, entre 5 e 7 m; a quarta ocorre em solos derivados de granito gnaisse, e xistos, sendo difícil saber se é uma formação natural ou induzida pelo homem; a quinta ocorre espalhada no semiárido em locais com precipitação bastante reduzida e a sexta ocupa as florestas de galeria do semi-árido (ANDRADE-LIMA, 1981; CALIXTO JÚNIOR, 2009).
A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os baixos níveis de renda e escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os altos índices de mortalidade infantil. Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento econômico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da terra e da instabilidade das precipitações pluviométricas (BRASIL ESCOLA, 2011).
A principal atividade econômica desenvolvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura se destaca na região através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região, juntamente com o Parnaíba (BRASIL ESCOLA, 2011).
Conforme (CAVALCANTE; NASCIMENTO 2006), a vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva.
As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e a pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão à amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas (BRASIL ESCOLA, 2011).
 Conforme Brasil Escola (2011), a fauna da caatinga é bem diversificada, composta por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorros do mato, arara azul, (ameaçada de extinção), sapo cururu, asa branca, cutia, gambá, preá, veado catingueiro, tatupeba, sagui do nordeste, entre outros animais.
Segundo A Caatinga (2011), a Caatinga é uma das regiões semi-áridas mais populosas do mundo. O sistema vem sofrendo historicamente drásticas modificações devido às ações humanas. O estudo "A Conservation Assessment of the Terrestrial Ecoregions of Latin America and the Caribbean", realizado pelo Banco Mundial e a WWF, define prioridades para a conservação da biodiversidade, as quais são estabelecidas em seis níveis por ordem de relevância, assim estipulados: Prioridades I, I, II, III, IV e V. O ecossistema caatinga está classificado no nível I. Esta alta prioridade é alcançada quando se considera que além da situação de vulnerabilidade do ecossistema, deva ser acrescentada a sua representatividade para a biorregião.
Com efeito, "os domínios de caatinga" estão presentes em quase todo o Nordeste brasileiro, ou ainda, mais precisamente, na área denominada de Polígono das Secas, que inclui parte do norte do estado de Minas Gerais. A essa representatividade, somam-se os aspectos físicos e as formas de exploração econômica do ecossistema, resultando daí a sua vulnerabilidade (A CAATINGA 2011).
Realmente, a forma de exploração adotada através dos tempos contribuiu fortemente para que o Nordeste se tornasse, hoje, a área mais vulnerável do país à incidência da degradação ambiental: meio ambiente frágil, fundamentado em grande parte sobre um embasamento cristalino, com solos rasos, com amplas zonas tropicais semi-áridas e forte pressão demográfica. Além disso, a questão econômico-social da grande parcela da população nordestina, residente no semi-árido de dominação da caatinga é, sem dúvida, a causa principal de degradação do ecossistema. O uso dos recursos da flora e da fauna pelas necessidades do homem nordestino é uma constante, já que ele não encontra formas alternativas para o seu sustento (A CAATINGA, 2011).
A lenha e o carvão vegetal, juntos, é a segunda fonte de energia na região, perdendo somente para a eletricidade. Em 1992, a lenha e a estaca destacaram-se como os principais produtos de origem florestal. No Ceará 91% das Unidades de Produção Rural (UPR) extraíram lenha, enquanto 46% produziram estacas (A CAATINGA, 2011).
A cobertura vegetal está reduzida a menos de 50% da área dos estados e a taxa anual de desmatamento é de aproximadamente meio milhão de hectare. Por outro lado, o desmatamento e a caça de subsistência são os principais responsáveis pela extinção da maioria dos animais de médio e grande porte nativos do semi-árido. O hábito de consumir animais da fauna autóctone é antigo, vindo desde antes da colonização e, ainda hoje, é grande a importância social da fauna nativa nordestina. As principais fontes de proteína animal das populações sertanejas continuam sendo a caça e a pesca predatórias. Durante as grandes secas periódicas, quando as safras agrícolas são frustradas e os animais domésticos dizimados pela fome e pela sede, a caça desempenha importante papel social na região, por fornecer carne de alto valor biológico às famílias famintas do sertão (A Caatinga, 2011).
Mesmo com todas essas ameaças, o percentual de áreas protegidas e/ou sob forma de unidades de conservação é insignificante. Embora ocupe 11% do território nacional, apenas 0,45% desta ecorregião encontra-se em unidades de conservação, a maioria destas protegendo hábitats de transição entre caatinga e outros sistemas, como o cerrado e a mata atlântica (A CAATINGA, 2011).
No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo. Essas áreas normalmente localizam-se próximas às serras, onde a pluviosidade é maior, devido às chuvas orográficas (CAVALCANTE; NASCIMENTO 2006).

MATERIAL E MÉTODO

A base teórica do trabalho foi a pesquisa exploratória, uma vez que segundo, Gonsalves (2001), a pesquisa exploratória é aquela que se caracteriza pelo desenvolvimento e esclarecimentos de idéias, com objetivo de oferecer uma visão panorâmica, uma primeira aproximação a um determinado fenômeno que é explorado.
 Os sujeitos norteadores da pesquisa foram os moradores da localidade estudada. Foi feito uma pesquisa de campo, pois ela permite buscar dados diretamente com os sujeitos, seguindo o sugerido por Gonsalves (2001), denomina pesquisa de campo o tipo de pesquisa que pretende buscar a informação diretamente com a população pesquisada.
A coleta de dados teve como apoio o uso de um questionário semiestruturado (Figura 01) que abordou perguntas a respeito do conhecimento destas pessoas sobre as causas e consequências do desmatamento da referida localidade.
O processo de análise de dados foi feito de forma qualitativa através de um aprofundamento teórico sobre o tema. Foi utilizada também uma câmera fotográfica para capturar as imagens da degradação da localidade estudada.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao visitar o local da pesquisa constatou-se a caracterização do desmatamento conforme observa-se nas Figuras 02 a 06, que o solo está desnudo de vegetação. A área foi desmatada para plantio agrícola e de pastagem.
Depois da coleta de dados analisaram-se as respostas considerando o conhecimento de cada sujeito entrevistado. De acordo com as respostas relatadas no questionário constatou-se que 90% dos entrevistados apresentaram ser desinformados sobre as causas e conseqüências do desmatamento. Disseram também que as noticias de economizar água é tolice, pois a água que existe no subsolo não se acaba. Indagaram que se não pode desmatar o que se pode fazer para plantar? Com isso nota-se que pouco interessa as tantas noticia de conscientização para o não desmatamento.
Apenas 10% mostraram ter ciência sobre as conseqüências do desmatamento, mas mesmo assim continuam desmatando, alegando que é a única alternativa para os agricultores.  
Verificou-se também que as pessoas na localidade sempre desmataram, seja para plantar, extração de lenha ou estacas para vendas ou consumo.
Com relação à forma de cultivo a maioria das pessoas sempre planta o mesmo vegetal, ou seja, se utilizam na monocultura tornando assim o solo cada vez mais pobre, pois alegam que por tradição só plantam as mesmas sementes.
Os moradores da localidade mostraram sentir mudanças no tempo e que as chuvas estão mais escassas e tardias, mas colocam a culpa em Deus dizendo: “se não vier às chuvas é porque Deus não quer”.
           

CONCLUSÃO
              De acordo com os resultados obtidos pode-se apontar o alto grau de desinformação da população local sobre todos os aspectos enfocados na pesquisa. Salienta-se ainda uma grande resistência sobre as mudanças de hábito necessárias à preservação da flora nativa com uma conseqüente melhoria da qualidade de vida dessa população.
Outro fato de visível observação é que depois de um desmatamento na caatinga da área estudada, onde havia muitas espécies de vegetação, a recuperação se dar por poucas espécies, predominando a espécie Balizia pedicellaria (jurema).
Uma alternativa para tal problema por parte dos governantes era colocar um valor para cada agricultor que preservasse uma determinada porcentagem de sua mata.


REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

CAVALCANTE, Márcio Balbino; NASCIMENTO, Silvânia Maria de Souza Gomes. Áreas Protegidas na Caatinga: Um estudo de caso no Parque Estadual da Pedra da Boca. Artigo apresentado a Disciplina Estudos de Impactos Ambientais (EIA), Curso de Especialização em Ciências Ambientais – FIP/PB, 2006.
GONSALVES, Elisa Pereira – Conversa sobre iniciação a Pesquisa Cientifica-Campinas. São Paulo: Ed. Alínea, 2001.

CALIXTO JÚNIOR, João Tavares - Análise estrutural de duas fitofisionomias de caatinga em diferentes estados de conservação no semiárido pernambucano - CSTR/UFCG, 2009.

<http://www.acaatinga.org.br/caatinga.php>. Acesso em: 03 jan. 2011.

<www.acaatinga.org.br/asabranca.php>. Acesso em: 03 jan. 2011.

<http://brasilescola.com/brasil/caatinga.htm>. Acesso em: 14 jan. 2011.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

CENSURA COMPILADA.

Foto, fonte Blog do Crato - O Crato na Internet.

Durante a Ditadura Militar o seguimento social que mais penou foi à juventude, afinal são os jovens responsáveis pelos movimentos de vanguarda na sociedade.

Estando a liberdade de expressão ferida, os vanguardistas tiveram de se rebolar para burlar a censura, algo praticamente impossível na época, pois a qualquer coisa que estivesse fora do padrão pela ordem estabelecida era motivo de censura prévia.

A classe musical foi, neste sentido, a pioneira a quebrar o paradigma vigente, as palavras ganhavam um novo sentido, os sons uma nova vibração, a musica passou por um ecletismo muito afirmativo, os festivais literalmente, invadiram o país, tudo isto como uma onda gigante na luta pelo retorno do Estado Democrático de Direito.

A privacidade dos ídolos dá época não existia, pois o fim último era a quebra da ditadura, e por extensão a tão sonhada liberdade de expressão, assim todo repórter que acrescentava algo sobre os ídolos da época era um furo de reportagem positivo, afirmativo e útil ao meio social, afinal se estava dando asas aos legitimados pela sociedade sobre os verdadeiros defensores da liberdade num indicativo motor primeiro de quem  deveria ser celebrado e aclamado pelo povo brasileiro.

Passado este período negro da história Política do Brasil, os ídolos, no apogeu de seu trabalho de resistência como verdadeiros heróis pelas praças, pelas ruas, cantando as belíssimas canções, não mais o medo dos canhões.

Ora, todo este trabalho cultural, artístico, musical, literário, precisa urgentemente entrar para a história para que a geração presente e futura possa entender em profundidade o período de exceção, mas neste ponto tudo parece muito confuso, pois os defensores da liberdade de expressão estão desejando a censura compilada de sua vida, passo a passo, momento a momento, do que, na verdade todos dá época  conhecem bem, assim  para alguns ídolos, por que impedir o acesso a novas gerações das informações consolidadas já, em forma de um livro?

Sala de Redação do Blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra, Araçá, Aurora – Ceará. TEL (88) 35433903 EMAIL monsenhorbezerra@yahoo.com.br

Luiz Domingos de Luna, Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora – Ceará.Email falcaodouradoarte@hotmail.com




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

SAUDAÇÃO À AURORA NO SEU 130º ANIVERSÁRIO*



José Cícero
Aurora!
Qual dos teus filhos se arriscaria dá-se a difícil tarefa de encontrar a tua mais exata e adequada definição?
Sim. Porque Aurora, enquanto sentimento afetivo não se define simplesmente com palavras.
Porquanto se encontrar muito além de qualquer tradução etimológica
por meio da qual  as palavras adquirem sua mais alta significação.
Diríamos no entanto que Aurora, em última instância, é pura emoção...
De modo que a sua melhor definição reside na forma como  sentimos o mundo
como um tesouro poético incomensurável  escondido no fundo do peito.
Aurora é esse orgulho saudável e provinciano com o qual contrapomos aqui e alhures
todas as angústias impostas pela saudade e pela solidão  dos que estão distantes.
Um elevado estado de autoafirmação que experimentado onde quer que estejamos.
Aurora é esse ímpeto de coragem a nos impelir sempre para frente. Como se o futuro fosse a intercessão de todos os nossos caminhos possíveis. Isso porque em Aurora tudo o mais é atemporal.
A mais autêntica conotação de um passado inesquecível e glorioso, em cujas raízes nos mantemos presos para sempre, como uma árvore centenária fincada ao chão.
Aurora é, como diria Espinoza:  a mais verdadeira perspectiva da eternidade postas indefinidamente em nossas mãos. Sereia sertaneja a nos envolver completamente com o seu encanto e o seu feitiço de mulher amada. Razão de estarmos todos condenados a amá-la pela vida a fora, para o todo o sempre.Quem sabe, como uma criação shekesperiana, Aurora é a vitalidade de uma juventude indomável a fustigar todo o nosso sangue como se fosse o índio Cariri a se preparar para a guerra. 
Tal e qual a força descomunal do rio Salgado  na sua busca infinita de se encontrar com o mar; 
Rio selvagem que segue oprimindo sem nenhuma trégua todas as ribanceiras do seu caminho.
Aurora é a história viva de um povo forte e destemido
que aprendeu superar-se a si mesmo, tanto  na desventura, quanto e na adversidade para jamais se deixar ser escravo de ninguém.
Aurora é o gracioso sorriso de um futuro alvissareiro, como crianças de braços abertos ansiando abraçar  todos aqueles que lhe adoram e amam de verdade. A hospitalidade, a bravura e a solidariedade do homem sertanejo  encarnada no bondoso ofício e na presteza de sempre ser útil.
Aurora é também mulher, por isso a beleza, a delicadeza, a inteligência e a sedução com que se impõe diante da contemporaneidade de tudo o mais que lhe cerca e lhe adorna fazendo-a muito mais bonita, bondosa e cativante.
Aurora é a mais pura expressão jubilosa do mais absoluto contentamento juvenil e centenário.  Além da sensação glamorosa de harmonia e paz entre  os seus filhos e entusiastas do cosmopolitismo mundano.
É esta saudade ressabiada e distante, gritando forte dentro da gente que nunca se cala nem se acalenta. Literalmente a emoldurar todo o nosso ser, tão somente por não nos permitir conhecer tempo ou distância que nos faça sofrer.
Aurora é esse sentir indescritível de grandeza cívica e interior com que sempre encaramos genuflexos , a figura altiva do Sr. Menino Deus.
É ainda, por assim dizer, a certeza infinita de que todos os caminhos inapelavelmente nos levarão a ela. A esperança em pessoa, a nos emprestar sempre que necessitamos, a utopia e o sonho de viver feliz.
É o sonho possível de felicidade como salvaguarda para a nossa luta infinda e  cotidiana.
Por fim, Aurora é um estado de espírito... 
Sem ela o mundo não teria o menor sentido.
Ser aurorense, portanto, não tem preço.
Tudo o mais em Aurora fala por si mesmo.
Todo o resto é pura saudade ou solidão.
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Por José Cícero
Secretário de Cultura
Aurora - CE.
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sábado, 2 de novembro de 2013

ARTIGO: Parabéns AURORA pelo aniversário dos seus 130 anos de história!*

Por José Cícero

Dia 10 de novembro Aurora completará 130 anos de existência. Convenhamos, temos muito mais! E isso não é pouca coisa diante da perspectiva de uma história “trágica e tremenda”, como bem disse certa feita o poeta da terra Serra Azul. Algo que ultrapassa com folga os meandros de boa parte da nossa historiografia  regional e alhures.
Pródiga na grande maioria dos seus fatos , feitos e acontecimentos outros, Aurora – a antiga VENDA, tem conseguido ao longo de todo este  tempo se destacar  no hinterland caririense, não apenas como mais uma cidade qualquer, porém como um dos municípios  dos mais marcantes e diferenciados, quando o assunto  é história, sobretudo de luta,  resistência e afirmação. Em grande parte, por força da  singularidade dos seus feitos, assim como pela  envergadura dos seus protagonistas. Destemidos personagens que, no mais das vezes, estiveram muito além do seu tempo. Contribuindo desse modo, para o indelével  registro de tão célebres narrativas de uma  história são apenas assinalada pelos vencedores, mas igualmente pelos oprimidos. Gentes simples  do povo que, mesmo em condições no mais das vezes adversas, nunca se deixaram ser escravas de ninguém.
Uma história portanto, digna de ser cantada e decantada às gerações do presente e do futuro. Uma história realmente marcante,  não somente  na ribeira do Cariri, como igualmente, no Ceará e no Nordeste.
Por tudo isso, Aurora é, por assim dizer, um grande baú do tempo onde se mantêm guardadas algumas das mais notáveis preciosidades de um  passado  às vezes polêmico e controverso, mas que no fundo, diz muito acerca  do que foi e do que continua sendo o povo aurorense: Forte, ousado, hospitaleiro e corajoso.   Um passado, cuja memória jamais poderá ser deixada ao acaso, ou mesmo relegada ao esquecimento total.
Eis o perfil de Aurora - solo sagrado e, cotidianamente  abençoado pelas graças do Senhor Menino Deus, seu padroeiro.  Terra de humanistas e poetas; celeiro de artistas renomados e desconhecidos,   quão milagrosamente banhada   pelas  doces águas do rio Salgado. Por sinal, o primeiro caminho que se tem  notícias(de almocreves, viajantes e aventureiros),  quando nos primórdios  da colonização do próprio Cariri cearense.
Fazenda Logradouro - lugar  da lendária Dona Aurora, bem como dos ínclitos desbravadores padre Antonio Leite de Oliveira e o coronel Francisco Xavier de Sousa(Cel. Xavier) tidos como os  seus verdadeiros fundadores.
Aurora do velho beato e penitente Benedito José dos Santos(Preto Benedito)  que, às custas de esmolas construiu a idílica  capela de São Benedito( da Aurora Velha) e por causa disso, teve  a façanha de ser  recebido pelo imperador D. Pedro II em seu palácio no Rio de Janeiro.
Aurora do emérito  literato Hermenegildo de Sá Cavalcante  reconhecido na França como especialista no imortal romancista  Marcel Proust.
Do pintor Aldemir Martins nascido pelas Ingazeiras, do poeta Serra Azul do riacho do Angico, do padre França e padre Luna. Da antiga professora Socorro Araripe, do ex-prefeitos Paulo Gonçalves e Raimundo Correia Lima, do historiador Amarílio Gonçalves,  do empreendedor Antonio Ricardo, do maestro Esmerindo Cabrinha, do Sr. Raimundo Nonato do Círculo Operário.
Dos líderes políticos, ex-deputados  Dr. Acilon Gonçalves, Cândido Ribeiro Neto(Cândido Branco), do famoso mestre-escola Vicente Gonçalves Maciel,  do Monsenhor Vicente Pinto Teixeira seu 1º pároco e primeiro deputado aurorense na fase republicana.  Dos  célebres e temíveis coronéis Izaías Arruda, Cândido do Pavão, assim como da matriarca  Marica Macedo do Tipi. Do Monsenhor Vicente Bezerra, recordista  na paróquia local. Do exímio educador  Agostinho de Oliveira Lima, dos irmãos Enoque pintor e do palhaço Fuxico. Da caridosa parteira Santô, dos velhos comunistas Seu Gonzaga Alfaiate, Biró e Vicente Ricarte. De dona Vicência Maciel com seu saboroso pastel, Do café de Sabina e Secundina. Do escultor Nego Simplício, do cantor Alcymar Monteiro, da gama de violeiros, dentre outras personalidades.
Terra das famosas Minas do Coxá – objeto de ferrenhas  disputas  entre o padre Cícero e sitiantes do lugar. Da Fazenda  Ipueiras de Zé Cardoso e Izaías Arruda,  onde Lampião e o cangaceiro Massilon Leite tramaram a invasão à Mossoró.  Aurora da 'questão de  8';  Palco do afamado ‘Fogo do Taveira’,  das antigas jazidas do Morro Dourado, dentre outros acontecimentos marcantes da história caririense.
Nestes 130 anos de emancipação cívico-política, Aurora é toda  uma história gritante  que não quer calar... Um grande marco  a que todos  os seus filhos e amigos deveriam realmente se orgulhar. Razão porque temos muito o que comemorar. Como de resto,   momento propício para  uma reflexão profunda  acerca do papel a ser desempenhado por  cada um dos seus habitantes e todos quantos a amam de verdade.
Aurora está de idade nova. Mas, diríamos  entretanto, que a   sua maioridade  é um exercício contínuo e  cotidiano. Um edifício histórico e sociológico edificado ante os esforços de cada uma dos seus filhos, amigos e simpatizantes. Tanto do presente, quanto do passado... 
Um imenso legado que desde muito, temos o dever de preservá-lo, dando-lhe continuidade como forma de garanti-lo às novas gerações do porvir.
Aurora está de idade nova! Porém a sua grande idade  precisa efetivamente está dentro da consciência cidadã  de cada um dos seus  contemporâneos. Cidadãos e cidadãs engajados(as) e, plenamente  conscientes da importância do  seu papel social. Tudo, como um instrumento  fundamentalmente importante para  a  nova Aurora que, coletivamente,  tanto sonhamos.  
Um legado de 130 anos... Não é pouca coisa!  Por isso temos que comemorar com toda a força dos nossos   sentimentos mais sinceros.  Orgulho cívico quem sabe, como forma de homenagearmos todos os que até hoje deram sua importante  parcela de contribuição para que possamos  vivenciar a Aurora que  temos nos dias atuais.
Quer seja em memória ou em gestos, parabenizamos, portanto, todos os aurorenses do presente e do passado pela grandeza deste momento altivo e auspicioso.
Porque Aurora é uma lembrança saudosamente heroica. Recordação afetiva e emocional que nunca passa... Sol que sempre brilha. Coisas que a gente sempre guarda indelevelmente em nossos corações.
Viva os 130 anos de história da nossa bela Aurora!
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José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora – CE.
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Da Redação do Blog de Aurora e da Secult.
Fotos: arquivo do autor.
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