Luiz
Domingos de Luna*
Nos
umbrais do espaço tempo, já conhecida no oco do mundo, ao bloco congelado de
uma história esquecida. Celeiro do cinzel, pincel do menestrel das artes
plásticas, do fluxo do cotidiano ao estilo abstrato, na poeira do esquecimento
de outrora, a lâmpada do gênio, duas vidas que na vírgula do tempo, o mistério
dos remansos gira nos acordes da cítara no baile existencial – Aldemir Martins.
Da
viola, pandeiro e violão, música brega, sertaneja, do xaxado ao samba canção ao
gosto do ritmo, misturas em audição, na grandeza de um menino, ganha o forró
nordestino uma nova versão – Alcimar Monteiro é também filho do nordeste, de
ingazeiras, que também, é palco luz da criação.
Quando
a caatinga foi devorada ao som do apito do trem, no dia 08 de dezembro 1922,
sob o manto da mãe protetora – A Padroeira N.Sra Conceição- recebe pela
primeira vez a máquina do progresso e do desenvolvimento – O Trem.
Enquanto
a fumaça da locomotiva teimava em voltar para a capital alencarina, gritava com
os braços abertos as margens do salgado, ainda na bruma fresca, do cheiro
potável da água salgadina, em fluidez, o grito de apelo, aos inúmeros artesãos,
pintores e músicos, na seara da mistura entre o mundo material e espiritual, uma
fonte jorradora ao cariri, ao sertão, ao Nordeste, sua linda aquarela, ao oco
do mundo, materializar – Ingazeiras a musa de sempre no sul do Ceará, na curva
do tempo, a qualquer momento, na constelação do cariri um estrala a brilhar.
(*)
Professor- Aurora – Ceará
Blog
da Escola Monsenhor Vicente Bezerra,Araçá, rua Cel. José Leite s/n, Aurora –
Ceará. CEP: 63.360.000 TEL: (88) 35433903 Email: monsenhorbezerra@yahoo.com.br
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