DE PRETO PURO FRANCISCA PIZIANNY MARINHO FALCÃO: NOME DE FICÇÃO. |
LUNETA LUNA – UMA OBRA DE FICÇÃO.
Esta obra artística literária é de ficção, pura ficção
, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
NARRADOR: Aproximadamente
na segunda metade do século XVIII, no
navio Lorde Brasileiro, desembarcam em
Fortaleza-Ce os irmãos:Marcos Marinho Falcão, João Marinho Falcão, Manoel
Marinho Falcão, André Marinho Falcão e a caçulinha Cândida Marinho Falcão
fugitivos de um perseguição tenaz na Itália, onde perderam os pais e os demais
parentes. Com as economias que
conseguiram trazer compraram uma pequena propriedade no bairro “Eusébio”
de Fortaleza, e logo conseguiram se adaptar as novas terras e retirar o sustento da família na pequena, mas produtiva chácara cearense. A produção da chácara, o desenvolvimento do
capital, a demanda pelos produtos, e o comercio que ali se instalou, fomentou a
discórdia na divisão do lucro, gerando uma cisão no meio familiar culminando
com a compra da propriedade pelos irmãos Marcos Marinho Falcão e João Marinho
Falcão.
REDATOR Com
a venda da propriedade, os demais irmãos
vendedores migraram para o Cariri - fazenda Canabrava município de Missão velha - constituindo uma segunda
colônia familiar no permeio entre as cidades de
Aurora e Crato no interior do Ceará; Fortaleza, portanto, ficou sendo a
pioneira.
v DISPERSÃO Manoel Marinho
Falcão e Cândida Marinho Falcão provaram da diáspora familiar com uma
intensidade forte, haja visto, que no Crato uma discussão com um mestre musical, em uma das aulas ministradas,
por força de uma situação emocional descontrolada, Manoel comete um
crime e foge para a Paraíba, O assassino do maestro cumpre sua pena, mas
constitui uma colônia familiar em João Pessoa – PB embora tenha cortado a
ligação com as demais colônias familiares.
PRECEDENTES.1, Antes da
DISPERSÃOv, Cândida Marinho Falcão ainda no Cariri, se envolve emocionalmente com
um preto, ajudante de Manoel Marinho Falcão, engravida deste, ao tempo em
que com o apoio de Manoel casam e logo em seguida, o preto aparece morto no
meio do mato a tiros de espingarda. Com o nascimento da filha, Cândida, Viúva
jovem foge de casa e consegue a duras penas chegar ao Rio de Janeiro onde constitui uma nova colônia familiar, mas teve o cuidado de cortar a ligação familiar
com as demais colônias familiares.
PRECEDENTES.2 após
DISPERSÃOv Marcos Marinho Falcão em desacordo com João
Marinho Falcão, migra para o Estado do
maranhão e de forma secreta forma mais uma colônia familiar naquele Estado e
prossegue finalmente para a Amazônia, vivendo no anonimato até o desenlace
biológico.
REDATOR Cândida Marinho Falcão, viúva, a custo de
muito sofrimento, consegue criar a sua filha Francisca Pizianny Marinho Falcão, segundo nome da
criança, visto que ao regresso da guerra do Paraguai, não ao final da Guerra mais
em tempos após, o Capitão Lucio Prochar Pizianny, por força de um amor inexplicável
resolve assumir um romance com Cândida e ao tempo em que adota Francisca como sua filha legítima, que por
sorte sua adquire a cidadania brasileira e italiana.
NARRADOR: Dado aos conhecimento militares e a
rotina de um militar que honra a sua missão na plenitude maior, o capitão, com
a força de seu idealismo funda uma
espécie de sindicato dos
ex-combatentes da guerra do Paraguai, uma espécie de direita extremada, com
regulamento, estatuto, sede, mas devido a xenofobia, e o nacionalismo
exagerado, defensoria intransigente do padroado o Coronel no final do ano 1889 é exilado para a o seu país de origem, Itália, e juntamente com
Cândida vivem até o final da vida na sua
cidade natal na Itália.
PRECEDENTES.3. “Desfeito este” sindicato”, e ao
saber o destino incerto e inseguro da garota que contava com aproximadamente 13
anos os pais resolveram deixá-la num mosteiro seguro sobre a responsabilidade
de monges Beneditinos, enquanto a sua situação se organizava a nível de
legalidade institucional familiar. Mas infeliz mente a Europa vivia um clima de
muita insegurança por conta dos preliminares da falta de estabilização social
que culminaria com a primeira guerra
mundial.
v DISPERSÃO, sob pseudônimo a garota começou a
escrever artigos, para a Revista Eclesiástica Brasileira, de um primor e uma consistência tão apurada que chamou a
atenção dos monges e da redação de
muitos estandartes religiosos, a ponto de
criar uma curiosidade por parte da sociedade fluminense de conhecer o
autor de tão brilhantes artigos, foi ai que Pizziany foi convidada a participar de um jornal que estava nascendo
no Rio, inicialmente como secretária do Sr Lineu Marinho, homem idealista , íntegro,
de ascendência árabe, de uma religiosidade impar, fervoroso na fé católica a
ponto de manter uma linha semanal de diálogo com os monges beneditinos, sendo
inclusive amigo pessoal do Abade geral do
Mosteiro de são Bento Rio de
Janeiro, Dom Gerardo Von Caloen, e Alceu Amoroso Lima Tristão de Athayde e de
outros religiosos de grande conhecimento na imprensa nacional como D. Estevão Bitencurt e mais tarde o intelectual paraibano Assis
Chatoubriant e. Dom Joaquim Grangeiro de Luna, que confiou a formação do seu parente Antonio
Baptista de Luna, aos descendentes do grande mestre Lineu.
PRECEDENTES.4
por que estes fatos foram tungados
da mídia nacional que crescia e se desenvolvia com a força e a unidade de uma
imprensa altiva forte e combativa, ao
tempo em que a elite intelectual, a polca, a valsa o carnaval, e a unidade
nacional dava os primeiro passos a nível cultural com a semana de arte moderna.
NARRADOR,ora, Lizianny tinha dois nomes, dois pais,
duas nacionalidades, uma guerra mundial em cima, um mosteiro, um potencial
jornalístico incrível, uns pais idealistas e imprevisíveis, uma biografia
social tortuosa, dois mundos o mundo de origem pobre, de infância miserável e o
mundo que se formava nos clubes
fluminenses e paulistas como condutora
anônima de uma identidade e unidade cultural que nascia e na grande
oportunidade de escrever uma nova
história para aquele grande homem que lhe acolheu com esposa, Lineu
Marinho, que era avesso a qualquer tipo
de revolução cultural, sisudo, de
principio rígidos do tipo casa trabalho, igreja, detestava conviver de forma
pública, sempre estava protegido por uma sala, só admitia reuniões com devida audiência marcada, tinha uma
agenda rígida, um rito de vida duro, sistemático, ortodoxo, , e exigente consigo mesmo a ponto de que
quando foi sondado para trabalhar no
jornal Le Figaro na França por um emissário daquele matutino assim respondeu “
“meu caro emissário da França eu serei
um ponto iluminado ou apagado pelo gerador dos senhores, aqui não, é
diferente eu farei o meu próprio gerador para iluminar o meu universo, o
universo do meu coração a unidade brasileira, a cultura brasileira, o sonho do brasileiro,
sendo ou não realizado, o meu sonho continua forte.” Muito obrigado pelo
convite. Talvez não tenha vivido o bastante para ver o seu sonho realizado, mas
graças ao filho, criado com a mesma tenacidade, determinação realiza o sonho do
pai, cria a industria do sonho, o universo paralelo, enfim, é uma realidade
PRECEDENTES 5. Porque Lineu Tinha este sonho, este
idealismo, essa determinação, essa penitencia exagerada, essa luta, essa luta
pela luta, acredito que se estivesse no meio do deserto , ainda assim
teria realizado o seu sonho, mesmo após
o desenlace biológico, como pode existir
tanta garra e determinação em ser o primeiro, o desbravador da comunicação no
Brasil, a ponto de ser amigo do Assis Chatobriant, um homem que respirava e
vivia a megalomania, a vaidade, o prazer carnal, o verniz da elite, o gosto pelo gastar, o gosto pela bebida, pelo conforto das elites, mas não,
sua grande luta era a dúvida de ser aceito pela Academia Brasileira de Letras,
sonho realizado pelo filho, mas o queria Lineu ?
ENTREVISTA COM O SR. LINEU MARINHO FALCAO.
Reconhecimento:
“Daqui a mil anos todos o livros escritos para mim
serão a sombra do nada “ poder “O poder é bom para ser usado quando se tem objetivos claros e projetos de
crescimento para a sociedade brasileira” Piano “ não existe maestro treinado para dar
aulas para que tem 11 dedos” arte “ a
arte quebra o tempo e o espaço” Família “os
meus descendentes viverão outras realidades” luta “sem luta ninguém agüenta o peso da existência”. Mulheres “
todas as mulheres amam a vaidade’” talento
“só existe talento se existir uma luz, ninguém é artista de si mesmo” fé “ a fé é o sacrifício que se faz para
abordar o desconhecido” a pobreza, “não existe pobreza para quem ama o ideal”, a
violência “ é o preço que se paga para
conviver com o outro da mesma espécie” lealdade “não existe lealdade sem
compromisso” o seu trabalho” eu não
tenho problema de ego” escrevo pra a edificação social. O seu sonho “ criar a
unidade nacional, risos se pudesse a
internacional também.
NARRADOR:Se daqui a mil anos nada do que o senhor
construiu já não existe mais, então porque construir hoje a certeza da sombra
do nada daqui a mil anos ?” - somente por uma coisa. Que coisa
Dr Lineu?, não me chame de Dr?
Que coisa senhor Lineu – a vaidade espiritual –
Vaidade espiritual!, o que e isto ? - é a certeza de que meu bitetraneto jamais
mendigará um pedaço de pão pelas ruas, o senhor trabalha pelo pão ? “ nem só do
pó vive o homem” que outro benefício tem
essa vaidade espiritual ? - a
certeza de que não sou uma cópia, e nunca estou sozinho, - como assim senhor Lineu ? - a sociedade é um carrossel gigante, qualquer
problema no carrossel todos sofrem eu acho melhor observar o carrossel longe o
suficiente para não esta sentado nele, mas perto o suficiente para acompanhá-lo
pacientemente - e se o carrossel quebrar - estarei lá, e digo mais farei de
tudo pra consertá-lo e - se o dono do parque lhe expulsar ?, - com certeza eu
só estarei no meu posto se for sócio do dono. Risos, ou mesmo o dono. O que é Rio
de janeiro para o senhor - o meu pequeno laboratório - e o Brasil a minha vida
e, o mundo uma grande ilusão. E O livro ? Cada Autor tem sua versão pois a verdade é sempre filtrada pela
emoção do escritor. E os seus parentes pobres ? Pobres de que ? - materiais, -
De que adianta ser pobre material se são ricos espirituais ?, E essa riqueza
espiritual serve para que ? Serve para
que quando for publicado um artigo falando que um parente meu foi monge
por que foi abandonado por uma moça rica ele
responder que a moça também é monja e morrerá monja. A riqueza material
ficou pra trás. Eu vou enviar este trabalho para sua empresa de comunicação,- vai cobrar quanto,- nada, - os direitos
autorais é de quem, - da empresa de
comunicação que o senhor idealizou,- você está querendo fama ?, -não pois daqui
a 100 anos este trabalho será á sombra do nada, - pensa em retribuição -não, -pensa
que o trabalho vai ser divulgado,- não- e ser for divulgado faz questão que
apareça o seu nome, -não, pretende receber alguma vantagem financeira -não, tem
problema de ego- não, pois isto se chama vaidade espiritual. É por isso que nós
não somos parentes, nem conhecidos pode enviar pra os meus descendentes,
obrigado por tudo.
Luiz Domingos de Luna
Redator.
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