ESCOLA MONSENHOR VICENTE BEZERRA - AURORA - CEARÁ |
Prof. Ms. Josefa Tavares de Luna***
O processo de eleição de
diretores deve ser um caminho para a construção de uma escola democrática e
participativa, nele são evidenciados as possibilidades, os limites e as
contradições geradas por esta prática, que ainda incomoda alguns por não
quererem acreditar no principio da meritocracia.
O processo de escolha de
dirigentes escolares pode ser considerado de grande relevância para a
comunidade escolar, contribui para a construção de uma escola mais aberta, mais
participativa e também é um exercício do ato de votar, de escolher, pois
escolhendo as pessoas aprendem a conviver melhor e a fazer opção diante de
projetos diferenciados.
Quanto a atuação dos gestores e a
legitimidade da figura do diretor, ainda existe nas escolas muita postura de
individualismo, do decidir antes para comunicar depois em reunião e que é
preciso superar tais práticas. Entretanto, com a eleição de diretores de modo
geral o espírito da coletividade está aflorando e como é um processo requer
tempo para superar suas falhas. Quanto à legitimidade da figura do diretor
observa-se que aumentou consideravelmente o compromisso do diretor e sua
legitimidade. Eles agora estão mais preocupados com os destinos da escola, se
sentem mais acompanhados e por sua vez devendo satisfações à comunidade que o
elegeu. Podemos dizer que houve um grande crescimento tanto pessoal como
profissional.
O processo eleitoral avançou e
rompeu vários obstáculos. Entender um processo eleitoral como um crescimento
individual e grupal no início foi muito difícil. Hoje embora ainda se registrem
vários conflitos gerados nas disputas pelo poder, verificou-se que de acordo
com a prática efetivada, esses conflitos vão se tornando mais reflexivos,
trazendo à tona a discussão política na escola. A eleição de diretores é
importante para intensificar o processo de diálogo e o debate de ideias e
projetos. Assim, temos que ver na escola a nossa oportunidade de construir a
democracia como forma política de convivência humana.
No tocante aos organismos
escolares, percebe-se que a implantação e o funcionamento desses diversos
organismos têm deixado muitas dúvidas. É uma realidade a existência dos mesmos,
mas o seu funcionamento ainda está sendo muito questionado pela comunidade escolar.
Eles estão lá mais como uma das inovações propostas pela SEDUC, mas ainda
enfrentam diversos problemas de conquista de espaço. É necessário ativar esses
organismos como forma de fortalecer a sua atuação junto à escola. Melhorar a
atuação desses organismos é um desafio para a gestão democrática.
Quanto à influência das eleições
no cotidiano e sua relação com o sucesso escolar, vem se aperfeiçoando,
buscando melhorias pedagógicas no sentido de resgatar o objetivo central da
escola — o ensino. Isto porque a escola antes estava preocupada e voltada
principalmente para as atividades meios. Embora ainda esteja muito presente, no
universo escolar, as comemorações e as festividades, a escola está focando mais
sua preocupação para o ensino-aprendizagem. Existem hoje vários programas de
avaliação interna e externa para aferir até que ponto a escola está atendendo
as expectativas da sociedade. As eleições têm proporcionados um maior
envolvimento e comprometimento com o ensino público cearense. Necessitamos aprimorar
e intensificar o acompanhamento pedagógico para garantir o sucesso do aluno
tanto na escola como na vida.
Devemos aprender é que a prática
coletiva não é instituída somente pela eleição, embora esta possa
impulsioná-la. Para tal é necessário a socialização das informações, do poder e
o envolvimento de todos. O gestor educacional precisa compreender a função que
exerce para realizá-la através da liderança pedagógica, política, cultural e
técnica. Embora ainda havendo uma precária atuação dos organismos é necessária
a sua implementação e/ou dinamização para a efetivação de uma gestão
democrática.
Desde a sua implantação em 1995 a
eleição de diretores é um dos fatores que mais contribui para a construção de
uma gestão democrática, pois este é o princípio da democracia sendo vivenciado
na escola. Nesse sentido, todas as escolas devem tirar proveito dessa
modalidade de escolha, ou melhor, deve aprimorar e valorizar o princípio da
democracia sendo vivenciado no ambiente escolar onde estão formando cidadãos para
exercer futuramente esta tal sonhada democracia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VIEIRA, Sofia Lerche. Política
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VIEIRA, Sofia Lerche.
ALBUQUERQUE, Maria Gláucia Menezes. Política e planejamento educacional. 2. ed.
Fortaleza: Demócrito Rocha, 2001.
(***)
Prof.
Ms. Josefa Tavares de Luna
(*) Mestre em Desenvolvimento Regional
(*) Com lotação e atuação no CREDE 19 – Juazeiro do Norte - Ceará
(*) Colaboradora do Blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra rua Cel. José Leite s/n, Araçá – Aurora – Ceará. CEP 63.360.000 TEL (88)35433903 EMAIL monsenhorbezerra@yahoo.com.br
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