José Cícero
da Silva*
Em dezembro
de 2006, há exatos seis anos atrás era lançado na nossa cidade o
primeiro número da revista AURORA. Uma iniciativa pioneira
articulada pelo professor e pesquisador José Cícero ao lado do professor
Luiz Domingos de Luna.
Um informativo de cunho cultural e histórico,
que tinha como propósito central promover o resgate e a difusão da rica memória
histórica do município. Especialmente da chamada história não oficial a que seu
editor/redator José Cícero denominava de realismo fantástico.
"Uma história que a própria história esqueceu
de contar, assim como uma grande gama de causos palpitantes", trazia estampada
na sua capa na edição de estréia a Revista Aurora.
Numa matéria de capa especial que
abordava a existência um tanto sombria e enigmática do centenário
'Cemitério da Bailarina' localizado no Sítio Carro Quebrado (Patos) no riacho
das Antas –Aurora (CE).
Como ainda, uma reportagem-documento acerca do não
menos importante e desconhecido Sítio Paleontológico da Massalina - localizado
no leito rochoso do Rio Salgado no sítio Volta na região do Pavão – Aurora,
Assunto que inclusive foi tema de reportagem publicada no caderno Regional do
respeitado jornal Diário do Nordeste de Fortaleza.
Na sua edição de lançamento a 'Revista Aurora'
publicou ainda, uma série de reportagens inusitadas sempre enfocando o
município aurorense. Dentre as quais, a casuística de ocorrências ufológicas
(Sítios Olho d'água e Bordão de Velho), narrativas sobre o mito da "Braúna
Santa" do Sítio Martins, assim como a polêmica passagem de Lampião por
Aurora nos anos de 25 e 27, o fogo do Taveira, Marica Macedo, o episódio da
fazenda Ipueiras de Zé Cardoso. Inclusive o bárbaro e terrível assassinato do
coronel Isaías Arruda na estação do trem, a presença do cangaço na história
aurorense, dentre outros temas.
No número seguinte, a revista ainda mais robusta,
enfeixou na sua pauta um corolário de assuntos ainda mais curiosos e
interessantes, tais como: a história do casarão do coronel Fco. Xavier de
Sousa, dito como o fundador de Aurora; comunidades remanescentes de quilombolas
(Sítio Grossos); como ainda, narrativas de fatos reais sobre a existência das tradicionais
Botijas (Sítio Alves e Grossos), as Minas do Coxá, o Casarão do Padre Cícero no
Sítio Maracajá, o mito da Menina Cotinha que obrava milagres na referida
comunidade. Ainda, sobre a história de Mártir Francisca - a santa popular de
Aurora; o Rio Salgado, a Prisão de Frei Caneca no Sítio Juiz, a morte do filho
de Bárbara de Alencar na serra da Várzea grande (cachimbo), os Penitentes da
Ordem Santa Cruz, a caverna da serra dos quintos (Vazantes). Dona Bárbara na
época a mulher mais velha de Aurora, a relação de amizade de Lampião e o Coronel
Isaías Arruda ante a trama na fazenda Ipueiras para a invasão de Mossoró em
1927. Bem como, os cangaceiros e jagunços filhos da terra que compuseram o
bando do rei do cangaço e do próprio coronel, além de artigos e
entrevistas com historiadores, populares e pesquisadores.
A repercussão em torno da empreitada informativa
foi tão grande que formos convidados a fazer o lançamento da revista na TV
Diário na capital cearense, assim como fomos igualmente objetos de reportagem
nas páginas dos jornais como Diário do Nordeste, O Povo e Jornal do Cariri,
assim como em outras mídias.
Atualmente, o projeto de continuidade da Revista
Aurora, conforme o seu fundador, o pesquisador José Cícero, continua ainda
de pé. De forma que, "a qualquer momento, quem sabe! quando o abusado e
sempre irrequieto maribondo da caatinga nos ferruar novamente,
possivelmente ganharemos mais uma vez o oco do mundo para novas pesquisas e
novas descobertas nos campos da rica e fantástica historiografia aurorense. E
assim, decerto, iremos seguir de novo as longas e extensas pegadas históricas
das léguas tiranas de Aurora"
(*) Secretário de Cultura, Esporte e Turismo do Município
de Aurora (CE)
Blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra rua Cel.
José Leite s/n Araçá – Aurora – Ceará. CEP 63.360.000, TEL (88)35433903. Email da
Escola monsenhorbezerra@yahoo.com.br
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