quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

AURORA E O {TERÇO} DOS PENITENTES



Por José Cícero da Silva*



Já era meia-noite da última segunda-feira, dia 28. Uma noite  das mais morosas e calorentas como a se espalhar sob um céu de chumbo, escuro sem lua e sem nenhuma estrela a iluminar o firmamento. 

Noite ideal para as 'andanças penitenciais por este mundo perigoso de meu Deus', conforme depois me confidenciaria um dos irmãos caboclos, decurião e mantenedor do velho grupo de 'irmãos' aurorenses na sua grande maioria residentes no sítio Salgadinho e redondeza. Alguns, aumentando os índices do êxodo rural já se encontram morando, inclusive na cidade.

Olhávamos para o relógio: Eu e o dono da casa - anfitrião da "celebração místico-religiosa" a quem todos eles denominam de "terço" ou "alertai" dos penitentes.

Pequena e simples era a residência, localizada quase no bairro Araçá. A realização do 'terço' assinalaria o aniversário dos 71 anos do proprietário - o Sr. José Serafim. Um aposentado vindo das bandas do sítio São Miguel, autêntico admirador do grupo desde sua época de menino. Que tempos depois, já grande veio a saber que o seu pai também fizera parte de um grupo da região do rio do Jatobá e Taboca. 

Quase nenhum convidado em especial, além de mim e mais três amigos do aniversariante. Reza a tradição, que o acontecimento só é válido quando se cumpre e preserva o anonimato e o segredo do ritual. Coisas do passado, mas que deverá ainda hoje ser cumprido pelo menos em parte, segundo os penitentes. Prova desta mudança é o fato de que "eles" agora; mesmo com relativa reserva, ainda se deixam ser filmados, fotografados até mesmo sem a hermética e misteriosa cobertura  dos rostos. Agora já é possível, inclusive, a identificação de cada um deles. Apenas os mais antigos ainda se mantêm um pouco discretos e resistem em mostrar o semblante diretamente para os estranhos e curiosos. 

Mas há anos, desde a reportagem que produzir para o Jornal Diário do Nordeste (Caderno regional), bem como  para a edição de lançamento da Revista Aurora que me tornei amigo  deles. De lá para cá, sempre que posso acompanho alguns terços e, inclusive rituais de flagelação, especificamente durante o período da Semana Santa. Mas cada "alertai" dos penitentes da Ordem Santa Cruz de Aurora é um fato novo.  Puro realismo fantástico repleto de mistérios, litanias e oblações. Ver os penitentes em seus trajes e de rostos cobertos pelos escuros das noites sertanejas com suas "disciplinas" de metais sob o pescoço e na frente do grupo o decurião com o cruzeiro sagrado é um fato superlativo.

Um grande acontecimento em que o profano e o sagrado se juntam num só espaço mundano, dando assim, vazão as emoções humanas mais recônditas corporificadas por meio de antigas crenças religiosas, além de medos e utopias derramadas num sem-número de causos e tradições que marcaram para sempre gerações inteiras por estes sertões adentro. 

E a noite corria na direção da madrugada. Ansioso eu aguardava a chegada dos beatos em suas belas, porém esquisitas vestimentas, na sua maioria de cor branca com detalhes vermelhos distribuídos numa cruz junto ao peito - o que eles chamam  sugestivamente de 'hábito'. Apenas um dos indivíduos se apresentou vestido num "hábito" de cor escura - pertencente a outro grupo, não mais existente do conhecido decurião Zé Carneiro do Pau Branco e da Malhada Funda. Depois o ecoar dos cânticos a suplantar o silêncio mórbido da noite em seu estado profundo de solidão...

Essa é uma das nossas mais remotas tradições religiosas, a duras penas, lutando como pode contra os fantasmas da modernidade. Numa luta, como se percebe extremamente injusta e desigual. Eis, por assim dizer, a chamada  igreja laica ainda pulsante e sangrando na mente e nos músculos de homens simples e determinados, como os irmãos caboclos e tantos outros dedicados de corpo e alma a esta crença valente e medievo. 

Um grupo de resistência que jamais se entrega. Irmãos da Ordem Santa Cruz - Uma ferida do tempo encarnada na alma de homens bravios querendo a todo custo aplacar seus pecados e as dores do mundo, ante suas próprias chagas abertas pelo sofrimento. Prometeu e Sísifo mitológicos dos nossos rincões remotos do Nordeste e do Cariri cearense. Um inusitado passado ainda em carne viva como um ato de desafio às coisas e as maldade do tempo presente...

O grupo de penitentes de Aurora representa um dos últimos  remanescentes de um antigo culto sacro-tradicional,  não apenas do nosso município, mas de toda a região do Cariri.

Por fim, os homens de branco com suas passadas largas e silenciosas surgiram como que do nada na esquina da rua. De súbito, adentraram a casa cantando os seus benditos e suas ladainhas carregadas de estranhamento. Era como se o mundo se enchesse de vozes. Coral harmoniosamente entoado, com pronuncias no mais das vezes indecifráveis. Quase um canto beneditino dos sertões careirenses - imaginei.

A sala da casa agora estava repleta de penitentes em seus cânticos e rezas como se estivessem em pleno transe. Um ritual estranho, mas que no fundo era maravilhoso. Era como se o sagrado estivesse como nunca ali diante de nós. O  aniversariante - dono da casa, assim como sua esposa, Dona Maria estavam felizes com aquela celebração que duraria pouco mais de uma hora e meia. Estavam sorrindo por dentro e por fora... Sob a luz opaca e esmaecida apenas dos santos a encher a parede e logo abaixo o cruzeiro enfeitado do grupo, na frente do quais todos cantavam e rezavam. Depois, um por um o beijava com respeito e louvação.

No  encerramento, todos saborearam a sopa oferecida pelo casal. Outros optaram pelo café sentado no terreiro para um cigarro. Outros preferiram chá,  refrigerantes acompanhados de sequilho e outras guloseimas. Depois das despedidas de praxe, todos saíram como chegaram - num só grupo e em silêncio. Nada exigem como pagamento...

Os membros do grupo se despedem, se reúnem e se dividem (como se juntam) num local dos mais ermos e escuros do lugar lá para as bandas do Recreio no corte grande da linha do trem. Coisas que apenas eles podem tomar conhecimento antecipadamente.

Assistir o terço dos penitentes é como voltarmos num tempo remoto, posto que nos  reencontramos com nossas melhores tradições ancestrais. De modo que, assisto a celebração dos beatos com imensa saudade e preocupação, visto  que daqui há pouco, tenho a sensação de que os penitentes, assim como tantas outras tradições da nossa cultura interiorana  possam desaparecer no tempo para sempre.

Assisto os penitentes, portanto com este enorme sentimento de perda... Mas, confesso que esta manifestação é puro colírio para os meus olhos. Assim como um refrigério de lembranças e alívio para o meu ser vazio de contentamento e o meu espírito cansado de tantas mazelas e tédio da modernidade.

                                        (*) Prof. José Cícero
Secretário de Cultura, Turismo e Esporte
Aurora - CE.

Blog da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra, Araçá, rua Cel.José Leite s/n – Aurora – Ceará. CEP: 63.360.000 TEL: (88)35433903 Email monsenhorbezerra@yahoo.com.br

Email do administrador do Blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra – Luiz Domingos de Luna -falcaodouradoarte@hotmail.com



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Centenário de Falecimento de Antônio Leite Teixeira Netto (Coronel Totonho do Monte Alegre)


Por: João Tavares Calixto Júnior.



        Neste ano de 2013 anota-se a passagem do centenário de morte de uma das figuras mais atuantes da historiografia aurorense, e por que não dizer, do cenário coronelístico nordestino. Antônio Leite Teixeira Netto, o Coronel Totonho Leite, ou ainda, Coronel Totonho do Monte Alegre, como era mais lembrado. Tornou-se amplamente, por enroupar-se com as características inerentes ao coronel de baraço e cutelo, famigerado. Entendido por besta, as vezes bestial, serviu de referência por muito tempo ao mundo pretensioso do coronelismo, onde sua figura era temida ou venerada e sua palavra era lei.
     Assumiu pela primeira vez o posto de Subdelegado de Polícia do pequeno Distrito da Venda da Vila das Lavras, à época, a principal autoridade policial do lugarejo, aos 12 de junho de 1883, tendo sido exonerado aos 5 de novembro de 1884, sendo substituído por Ernesto Teixeira Rabello.  
     Foi nomeado pelo Governador Benjamim Liberto Barroso ao cargo de Intendente Municipal da Vila d'Aurora após a exoneração de João Francisco Leite, ocorrida em 1º de março de 1891. Permaneceu por dois anos a frente do Conselho de Intendência Municipal da Vila d'Aurora, entidade ao qual participou como membro fundador, juntamente a João Francisco Leite, Antônio Francisco Carneiro Monteiro, Firmino Bezerra de Medeiros e José Antônio de Carvalho, em 1890, co-elaborando a primeira Lei Orgânica do Município no mesmo ano de 1890.
     Toma posse novamente em 11 de junho de 1907 ao cargo de Intendente, nomeado pelo Presidente do Estado no dia 5 do mesmo mês e ano. Por ter apeado do poder o seu sobrinho e também coletor em Aurora, Antônio Leite de Oliveira, discorreram sobre ele, como resultado de vingança e perseguições políticas, um dos mais tétricos causos desta página penumbrosa da história de Aurora e do Nordeste brasileiro, que à época, declinava-se ao amargo dissabor das questões resolvidas ao relampejante pestanejar das lâminas do punhal e da estampida e fumacenta alçada do bacamarte. Sobre o desfecho da deposição, acrescentamos o que disserta Joaryvar Macêdo em Império do Bacamarte (Fortaleza, 1990, p. 96):
“Abrindo campanha contra o sobrinho, o chefe de Aurora passou a convocar grupos familiares, aliás, de modo geral, muito entrelaçados ali, no sentido de aderirem a ele, em seu desiderato. Os que se recusaram a compartilhar do conluio, pela circunstância de serem amigos, correligionários ou ligados por laços de parentesco a Antônio Leite de Oliveira, acabariam vítimas de acerbas perseguições. Entre estas, estavam os Paulinos, que foram espancados sob o comando de um elemento do coronel Totonho, de nome José Gonçalves Pescoço. Posteriormente, revidariam a agressão. Por isso, houve um ataque ao sítio Pavão, de propriedade do coronel Cândido Ribeiro Campos, vulgo Cândido do Pavão, tio dos sobreditos Paulinos, aos quais o cacique aurorense pretendia capturar. O coronel Domingos Furtado veio, então, em auxílio do coronel Cândido, que transferiu os sobrinhos para o Taveira, como já se sabe, nos limites de Aurora com Milagres. Lá, o chefe local, o mencionado coronel Domingos Furtado, os garantiria”.
     Estando protegidos no Taveira os Paulinos, enviou o coronel Totonho ao Governador do Ceará, Nogueira Acióli, pedido de força, que fosse suficiente para prendê-los no lugar. Da mesma forma, o chefe de Milagres coronel Domingos Furtado, não mediu esforços para providenciar-lhes a defesa. Outro, este, motivo cabal para desenvolver-se o famoso cerco ao sítio, conhecido por fogo do Taveira. Neste ambiente político tumultuado de Aurora, à época, foram vitimados, à semelhança dos Paulinos, os Macêdos do Tipi. Ainda sem forte inserção na virulenta cloaca da politicalha do município, a família mentoreada por Marica Macêdo (nesta época já casada em segundas núpcias com Antônio Abel de Araújo), sofreu também represália por parte do citado coronel Antônio Leite Teixeira Neto. Eram muito estreitos, entretanto, os laços de familiaridade entre os citados. Referimo-nos que a esposa do coronel Totonho (Ana Isabel de Macêdo ou Naninha) era sobrinha do primeiro esposo de Marica Macêdo (Cazuzinha), e deste casal, viu-se uma filha (Joana da Soledade Landim), matrimoniar-se com Vicente Leite de Macêdo, filho do predito coronel Totonho (CALIXTO JÚNIOR, J. T. Venda Grande d'Aurora. Fortaleza, 2012, p. 113-115).
     Quando o coronel Totonho ameaçou retirar do poder Antônio Leite de Oliveira, por intermédio do filho Vicente Macêdo, cunhado dos filhos de Maricav Macedo, conseguiu a adesão deste, que, entretanto, recuaram a pedido dela. Com efeito, ela os obrigou a não tomarem parte na questão, porquanto o supracitado Antônio Leite de Oliveira fora dos maiores amigos do seu primeiro marido e, ademais, José Francisco de Sales Landim, irmão dela, era casado com Joana Leite de Oliveira, irmã do mesmo Antônio Leite de Oliveira. Foi desta forma que Marica Macêdo com sua gente passou a figurar no rol dos desafetos do coronel Totonho do Monte Alegre.
     Não se permite, entretanto, discorrer sobre este personagem marcante do coronelismo do Nordeste, sem que sejam citados dois dos mais contundentes episódios de Aurora, escritos com sangue: O ataque ao Sítio Taveira, de 16 para 17 de dezembro de 1908, e o massacre da Vila d'Aurora em 23 de dezembro de 1908, fatos estes dos mais bárbaros e representativos da historiografia do coronelismo regional desse período inicial do século passado. Sobre o primeiro evento, deu-se por inimizade aos membros da família Santos que atuavam desregradamente na área do Coxá, local de residência de muitos familiares e correligionários do Coronel do Monte Alegre. Por coincidência, escondia-se Marica Macedo com sua família no sítio Taveira, quando de viagem ao Cariri, sob ameaça de ataque ao seu sítio Tipi, pelo mesmo Coronel Totonho. No ataque, cai tombado Cazuzinha, que a época vivia com 17 anos. Ao chegar ao destino, reduto dos coronéis entrelaçados em forte parentesco com Marica, encontraram um clima de revolta, totalmente inconveniente ao Coronel Totonho e demais aurorenses envolvidos no massacre. A chegada sofrida da família constituiu em motivação fortíssima para a vingança violenta que ocorreria em 1908, no dia 23 de dezembro, onde cerca de 600 cangaceiros, comandados pelo Coronel José Inácio do Barro, fizeram sucumbir a pequena Vila d'Aurora após seis horas de intenso tiroteio. Casas foram incendiadas, assim como o comércio e fazendas, chegando a se ver estupros em moças de família, guardando-se o pior tratamento para as pessoas ligadas ao coronel Totonho Leite. 
     Os aurorenses que permaneceram na vila sofreram inomináveis violências por parte dos vândalos. O coronel Totonho fugiu para o Crato, donde foi ter ao oeste paraibano. Ali, refugiou-se no antigo São João do Rio do Peixe, à sombra do padre Joaquim Cirilo de Sá, mais conhecido por padre Sá, vigário da localidade e político de prestígio no Estado da Paraíba.
     Não demorou-se muito o Coronel Totonho no vizinho Estado da Paraíba. Em notícia do periódico caririense O Rebate (p. 2), de 25 de julho de 1909, apontam-se os nomes dos cidadãos Antônio Leite Teixeira Netto, Joaquim Vasques e Francisco Róseo, todos residentes na Vila de Aurora, como sendo os celerados convidados pelo Cel. Antõnio Luiz, do Crato, para tomarem a ombros a incumbência de acabamento e de destruição, fornecendo-lhes instruções, conforme o pensamento geral, para arrancarem acintosamente os marcos da demarcação do Coxá, requerida pelo Padre Cícero. Tendo conhecimento do episódio a Justiça local, mandou-se às pressas postarem-se quatrocentos homens aos pés dos aludidos marcos, guardando-as dos malfeitores, que pouco resistiram, sendo afinal batidos por aquela força, fugindo todos em debandada para o Crato, em cujas ruas alojaram-se. Não caíram mesmo assim os marcos, continuando de pé.
     Aos 13 de julho de 1910, em depoimento realizado ao Juiz Alfredo de Oliveira, em Lavras, afirma Joaquim Vasques Landim, o famigerado Quinco Vasques (o bravo caririense), terem sido alguns aurorenses, os mandantes da tentativa de deposição ao coronel Gustavo Augusto Lima, de Lavras, um dos mais importantes régulos do período coronelístico nordestino, filho da matrona Fideralina Augusto Lima. Ocorreu este cerco aos 6 de abril de 1910, com a invasão de cerca de 300 cangaceiros a fim de atear-lhe do poder lavrense. Do auto de perguntas, informa o réu terem sido Manoel Gonçalves Ferreira, Antônio Leite Teixeira Neto e Davi Saburá, os aurorenses mandantes do assalto ao coronel Gustavo Augusto de Lavras: “Antônio Leite concorreu com um conto de réis em dinheiro que lhe foi entregue por Joaquim Torquato, Manoel Gonçalves Ferreira concorreu com duas cargas de balas de rifles, entregues pelo mesmo Joaquim Torquato e Davi Saburá concorreu com um conto de réis em dinheiro, também entregue por Joaquim Torquato”. Indagado, ainda, Quinco Vasques, sobre a interferência de outros suspeitos no ataque ao coronel Gustavo, acrescenta nos laudos do interrogatório, o que segue: “(...) além desses mandantes o influenciaram mais para este ataque, Joaquim Torquato, José Torquato, Simplício Torquato, os filhos de Antônio Leite, Isaías e João, assim como quase todos os deportados de Aurora (...)”. Sobre o objetivo do ataque, informou: “era depor o coronel Gustavo e tomarem depois conta da cidade, a fim de melhor ser facilitada a retomada de Aurora, da qual seria novamente chefe, Antônio Leite (...)”.
     Veio a falecer em 1913, no dia 10 de dezembro, na Vila d'Aurora, vítima de complicações cardíacas e já em idade avançada. Operando de forma ativa no truculento litígio do poder em Aurora, foi ainda, além de Intendente Municipal e Subdelegado de Polícia, Vereador e Juiz Substituto. 
     De seu Inventário, datado de 6 de agosto de 1914, observam-se, além da lista de bens deixados aos herdeiros, os nomes dos mesmos, concebidos de seu único matrimônio com Ana Izabel de Macêdo:
1 – Manoel Antônio de Macêdo (falecido);
2 – Maria Leite de Macêdo (falecida);
3 – Josefa Leite de Macêdo (falecida);
4 – Joaquim Leite de Macêdo (casado);
5 – Vicente Leite de Macêdo (casado), residente no sítio Bordão de Velho;
6 – Antônia Leite de Macêdo, casada com João Leite de Figueiredo, moradores no sítio Barro Vermelho;
7 – Izaías Leite de Macêdo;
8 – Izabel Leite de Macêdo, casada com Alípio Leite Teixeira, morador no sítio Bordão de Velho;
9 – Raimundo Leite de Macêdo, solteiro, 24 anos de idade;
10 – Maria Izabel de Macêdo, solteira, 23 anos;
11 – Roza Leite de Macêdo, solteira, 22 anos;
12 – Gustavo Leite de Macêdo, solteiro, 20 anos.
(Autos de Inventário de Antônio Leite Teixeira Netto, 1914, proc.44, p. 5-6). 
     A título rápido de curiosidade, acerca desde último filho, casou-se com Maria das Dores Gonçalves, com quem teve nove filhos, e dentre estes, Francisco Leite de Macedo (Olavo Leite), ex-Prefeito Municipal de Lavras da Mangabeira, nascido em Aurora aos 28 de outubro de 1923, pai, do também ex-Prefeito de Lavras, Carlos de Olavo.
     De sua prole numerosa, destacam-se outros rebentos em vários segmentos, inclusive, Eclesiástico. Como exemplo, Deoclécio Leite de Macedo (Dom Hilário), Monge do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, Professor e Escritor, ordenado no Mosteiro de Baurox na Alemanha aos 22 de dezembro de 1937, nascido no sítio Bordão de Velho aos 16 de outubro de 1911, filho de Vicente Leite de Macedo e Joanna da Soledade Landim.



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

SEMANA PEDAGÓCICA DA ESCOLA MONSENHOR VICENTE BEZERRA DIAS 28, 29, 30 E 31 DE JANEIRO,2013.



PROGRAMAÇÃO

28/ 01/2013 – SEGUNDA FEIRA-

8:00 H – DINÂMICA – OS CORAÇÕES
8:20 H – LOTAÇÃO / HORAS DE PLANEJAMENTO
8:30 H - APRESENTAÇÃO DE VÍDEO (FELIZ 2013)
8:40 H - RETROSPECTIVA 2012
8:50 H – AVALIAÇÃO 2012 - FORMAÇÃO DE GRUPOS DE TRABALHO
9:30 H – SOCIALIZAÇÃO
10:00 H – LANCHE
10:20 H - CALENDÁRIO ESCOLAR 2013
10:30 H – ORIENTAÇÕES PARA O SUPORTE PEDAGÓGICO
10:50 H – AÇÕES 2013 – LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
11:10 H - AÇÕES 2013 – PCA’s
11:15 H – AÇÕES 2013 – SALA DE MULTIMEIOS
11:30 H – AÇÕES 2013 - PPDT
11:50 H – AVALIAÇÃO DO ENCONTRO
12: 00 H – ENCERRAMENTO

29/01/2013 – TERÇA FEIRA

8:00 H – PALESTRA
               TEMA: STRESS
MINISTRANTE: DR. MANOEL ALVES SOARES                 (PSICÓLOGO CLÍNICO)


30/ 01/ 2013 – QUARTA FEIRA

8:00 H – PALESTRA
               TEMA: INDICADORES E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO
               MINISTRANTE: PROFA. ELISÂNGELA ALVES LANDIM.
              (CREDE – 20)

31/ 01/ 2013 – QUINTA FEIRA

8:00 H – DINÂMICA – OS TÉCNICOS
8:20 H - PPP E REGIMENTO ESCOLAR
8:50 H – DIÁRIOS DE CLASSE – ESCLARECIMENTOS
9:10 H – PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
9:30 H  - MATRIZ CURRICULAR
10:00 H – LANCHE
10:20 H – VÍDEO
10:30 H – RETORNO AOS TRABALHOS
11:50 H – AVALIAÇÃO DO ENCONTRO
12:00 H – ENCERRAMENTO

seja qual for sua formação acadêmica! A universidade da vida vai lhe ensinar com muito mais sapiência!
Ismael Santana Bastos


Blog da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra , Araçá, rua Cel. José Leite s/n – Aurora (CE). CEP 63.360.000. TEL (88)35433903. EMAIL monsenhorbezerra@yahoo.com.br.
Email do Administrador do Blog da Escola – Luiz Domingos de Luna – falcaodouradoarte@hotmail.com




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

“MEU QUERIDO, MEU VELHO, MEU AMIGO...” – LUIZ DOMINGOS DE LUNA.

ESCOLA MONSENHOR VICENTE BEZERRA - AURORA - CEARÁ.


Quando o Blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra foi criado em janeiro de 2012, como uma ferramenta a mais na produção do conhecimento on line pelas mãos determinadas do escritor aurorense João Tavares Calixto Junior, do Acadêmico de Música Wagner Layb Luna, e do professor Luiz Domingos de Luna. Tudo parecia ainda, uma utopia, ou um sonho de difícil alcance destes três humanizadores sociais.

Faltava a época um norte epistemológico a servir de espelho, pois foi este Blog o primeiro do município de Aurora e do Cariri cearense, a pertencer, viver, repassar e retratar o dia a dia de uma Escola Pública.

A tarefa de atualização de um Blog com fim ao engrandecimento da epistemologia genética da humanidade para o bem com a doutrina de uma escola que ensinou o cariri a ler, pois foi a pioneira da Rede Pública Estadual na Chapada do Araripe com fundação em 15 de março, 1927.

Assim discorrer sobre a mestra maior do conhecimento no sul do Ceará (Educação Pública) com a valorização histórica posta no seu seio desde o dia 15 de março de 1927 é tarefa para gigante, pois a grandiosidade imaterial que é o cerne do pulsar vivo existencial da educação pulverizada no íntimo de cada um, ao longo dos seus quase 86 anos, não pode e não deve ser descrito em palavras, pois faz parte do processo de civilidade na civilização da linda região da Chapada do Araripe.

Nós,agentes do processo educativo da Rede Publica Oficial de Ensino do Estado do Ceará, como vigilantes, como educadores, com o dever Cívico, sempre a pincelar o quadro do conhecimento, a terra do sol nascente, a terra da linda chapada do Araripe, a terra do sol, ao querido Estado do Ceará.

Somos obreiros, somos abelhas operárias produtoras de um mel que não pode e não deve ser vendido ou comprado, pois estamos sempre preparando o amanhã que nunca chega, pois a cada pisada nossa, um sucessor a dar continuidade a caminhada existencial nesta bola ainda azulada - Planeta Terra.

Assim, sempre estaremos a serviço do velhinho, de 86 anos, que pode hoje, já ser obsoleto, não mais oportuno, não mais viável, quem sabe esquecido na poeira inexorável do tempo, mas quem não fica velho ? O novo do hoje é o velho do amanhã não tem como mudar esta determinação existencial.

O que fica para nós é a certeza de que cumprimos a nossa missão, e que se for à vontade do Estado do Ceará outros irão dar o sorriso ao bom velhinho, dar vida e cor ao velhinho frágil, porém de uma sabedoria infinita; Ou, em outra alternativa, o velhinho morre, morte que todos nós aceitamos se for à vontade do Estado do Ceará. Porém como diz o apóstolo Paulo: combatemos o bom combate.

Uma criança um dia dirá - mamãe o velhinho morreu!!!!

 A mãe responderá - sim minha filha, mas você queria que o velhinho vivesse eternamente

Não mamãe, - mas eu não queria sua morte na minha geração, assim ficarei sempre com o peso na consciência de que a nossa geração foi a culpada pela morte do bom velhinho.

-Não minha filha não se culpe

-Por que mamãe ?

Por que o tempo é o senhor da razão

- Mas este senhor não é bom velhinho que está morto

Não minha filha o velhinho não está morto ela apenas deixou a sua missão

- E qual será sua missão agora mamãe ?

Servir de modelo para a sua geração!!!!

- Nós estamos preparados para isto – mamãe ?

Com certeza minha filha!!!!

- Mamãe onde eu guardo o velhinho ?

No lugar mais nobre de seu coração, pois filha é isto que o bom velhinho espera de nós todos!!!!

- E se ele viver mamãe ?

Bem, se ele viver ele será eterno

- Eterno para quem mamãe ?
 
Para o tempo!!!

- Ah bom!!! eu havia pensado que era para a continuidade da Boa Educação!!!

Não filha,nem sempre é assim o  bom do agora pode ser o ruim do futuro, bem como o ruim do agora pode ser a pérola do  futuro.

- Como vou saber mamãe ?

Você não vai saber filha, porém as futuras gerações com certeza irão saber!!!!

-Por que mamãe?

Porquê todos nós somos passageiros

-Passageiros de que mamãe ?

Desta nave espacial - Planeta Terra.

Entendeu filha ?

-Não

-Tem certeza mamãe ?

-Não

Mas é assim que a coisa funciona.

Blog da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra, Araçá, rua Cel.José Leite s/n – Aurora – Ceará. CEP: 63.360.000 TEL: (88)35433903 Email monsenhorbezerra@yahoo.com.br

Email do administrador do Blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra – Luiz Domingos de Luna -falcaodouradoarte@hotmail.com