FAMÍLIA LUNA EM AURORA CEARÁ, ANO 1948. |
O MONGE E O JORNALISTA PARTE III.
SOBRE AS EPISTOLAS
O que dizia estas cartas dos
dois religiosos com relação a este assunto, o redator entende que a monja foi
uma seguidora do monge de forma plena, aberta, escancarada, uma discípula fiel,
uma espécie de esposa espiritual fiel do monge, e isto, com certeza o
jornalista sabia plenamente, mas, isto fere a vida de abnegação e entrega total
aos princípios de fé a uma vida compromissada com o ideal cristão ou da regra
bulada do mosteiro ou da alta integridade moral e religiosa da monja, o amor
espiritualizado da monja feriu o aspecto ético da fé cristã ou dos votos feito
pela monja para com a Santa Igreja de Roma, não, em nada fere, pois é até
louvável a monja admirar a vida do primo monge e principalmente de um prior do
Mosteiro de São Bento Rio de Janeiro que teve uma vida de entrega total a vida
monástica, e se o monge também teve um amor espiritualizado pela monja, isto
fere a sua conduta moral religiosa, com relação a este assunto o redator que
também pertence a Ordem Santa Cruz- Penitente.
Santa Igreja de Roma, com atuação na igreja rural, embora sem tonsura clerical
entende que o amor espiritualizado está acima das convenções religiosas ou
humanas, não é um patrimônio para julgamento humano, pois se trata de uma
questão de fé, e neste terreno pode se supor que a monja era uma aliada
constante no caminho da fé do monge para a purificação da fé tanto do monge,
como da monja, a linha ai é dupla, mas isto não é o essencial, pois o essencial
é que o amor espiritualizado é
totalmente diferente do amor definido pela literatura humana, o amor
espiritualizado soa como algo divino como a perfeição, ou, como se julga a
perfeição ?, o redator entende que a perfeição está livre do julgamento, ora os
dois religiosos poderiam apenas buscar a aliança para contemplar o sobrenatural o Deus trino de forma conjunta,
o redator prefere entender que o amor espiritualizado
era direcionado pra este fim , embora os meios tenham deixado algumas dúvidas
humanas, que podem ser Interpretadas como fraquezas humanas na arte de pensar,
ficando o lado sagrado dos dois intocável, e isto o jornalista tinha
conhecimento, pois a nota em nada feriu o lado sagrado, tanto do monge, quanto
da monja.
Reconhecidamente o monge
escreveu muitos livros e a monja era também uma escritora, já que seguia
fielmente os passos do primo monge. Infelizmente o redator ainda não procurou
informações sobre a vida monástica da monja, não por falta de interesse, mas
por falta de condições financeira, porém, se fosse oferecida condições
financeiras ao redator ele faria a pesquisa completa sobre a vida destes dois
religiosos, com certeza não. Por que? - Porque toda linha de correspondência
entre os dois religiosos com certeza foi espiritualizada e em nada
acrescentaria ao redator ter ou não este conhecimento, pois se trata de uma
conhecimento de integridade de fé monástica, escolhido livremente pelos dois que viveram
intensamente este momento na vida terrena, numa entrega total, abnegada e
comprometida com a fé católica, fé plena, incondicional, de uma pureza do
intimo do ser, e a história mostra que em questão de fé o que menos importa é a
fundamentação histórica. Pois a fé é uma ligação entre o mundo material e o
mundo espiritual e está acima do julgamento humano. Mas a fé de um ser humano
pode servir para atentar contra a vida do outro que professa a fé em outro
prisma espiritual, em outro ser, sobre isto o redator entende que todo material
de literatura religiosa deve ser confeccionado em benefício da espécie humana
como um todo, e que de fato, o redator não acredita que um livro
que professa a fé seja algo para dividir a heterogenia social, e por que
tem tanta desagregação com relação as questões de fé, as famosas Guerras
Santas, o redator entende que todo livro
sagrado enquanto uma fonte de pregação doutrinal é uma ferramenta para a
unidade social, compreende ainda que estes livros são de inspiração, logo são livros inspirados,
e ai começa o problema, pois muitos fiéis
seguem ao pé da letra uma mensagem grafada e impressa no papel num
contexto que fisicamente leva a ser aquilo que o fiel pensa que é, pois o que é
está escrito no livro o que o fiel encontra grafado no livro é o que ele diz
porque ele da testemunho do que leu e o que leu ele pensa que é a verdade pura
e dentro desta verdade pura que ele penso ser; pratica muitas iniqüidades
baseado naquilo que está escrito, como o
redator vê isto, o redator entende que o filtro da relação entre o que esta
escrito e o correspondente na interpretação da ação da grafação para a
realidade deve ser nos aspectos que causa controvérsia, uma luz para uma interpretação pessoal, cabendo aos
dirigentes religiosos procurar fazer uma exegese que beneficie a unidade social
do ser humano, pois ao contrário, a leitura não pode ser considerada como
inspiração divina, como se pode fazer uma leitura de um texto sagrado que a luz do leitor
prejudica boa parte dos seres humanos e
dizer que é vontade de Deus, Deus não
pode ser um condutor do mal para o rebanho humano, quando isto estiver claro
para alguém, é porque Deus já não está lá, com certeza Deus não está nesta
fonte,Deus não é esta fonte; pois a palavra de Deus será sempre luz do mundo e
não luz das trevas para as trevas humanas.
SOBRE A NOTA DO JORNALISTA
A Luz, a nota do jornalista
é uma fonte para as trevas ou para a luz,? Sendo o jornalista, o que de fato
foi, um irmão por opção, um companheiro, um amigo leal, a parte espiritual que
alimentava a vida do jornalista, a nota foi apenas um desabafo de uma ligação
forte para uma história que não quer calar, pois que outro modo o jornalista teria para expressar esta aliança
espiritual selada nos umbrais do tempo e do espaço ou com a cola da perfeição,
perfeição porque ? Ora, se o jornalista ao desenlace carnal do monge tivesse
feito uma crônica póstuma viciada nos famosos elogios seria chover no molhado,
pois era uma exposição pessoal esperada
pela unanimidade social, o jornalista estaria falando para os ouvidos dos que
esperava ouvir, a mediana do inconsciente coletivo, do senso comum, era um
amigo se despedindo de outro amigo seria um Adeus ao monge, mas o jornalista
não se despediu do monge, apenas pontuou uma problematização sobre a vocação
monástica do monge, sem prejuízo para a vida consagrada do monge. Se o
jornalista tivesse feito uma apologia à vida monástica do monge de forma
endeusada a nota seria esquecida no outro dia, jamais seria um fato histórico,
no máximo seria um fato social, ou mesmo pessoal, ora, pelo que se supõe o
jornalista também era um grande empresário, um homem sublime, de uma conduta
sublime, que nunca questionou a ordem sublime das etapas do processo monástico
do cotidiano do monge, pois a nota,
apenas questionou a força basilar para a vocação do monge e nunca as etapas
posteriores na sua convivência de
entrega ao mosteiro São Bento Rio de janeiro, ou seja, as etapas seqüenciais do rito monástico, ou
sublime rito, não foram questionadas pelo jornalista, logo, a parte sagrada do
monge não foi questionada, nem tão pouco foi exposta; talvez o próprio jornalista empresário
nem chegou a pensar em tal possibilidade
dada a cola espiritual que unia os dois
ou seja: o monge e o jornalista empresário, - por quê? Segundo o redator a nota
foi um grito de alerta para a existência da cola espiritual entre o jornalista
empresário e o monge escritor, só, somente só.
Trabalho em elaboração pelo
professor Luiz Domingos de Luna sobre a vida dos primos monges ( Ana
Grangeiro Chaves e Salustiano Grangeiro
de Luna )Email: falcaodouradoarte@hotmail.com
Salustiano Grangeiro de Luna
)Email: falcaodouradoarte@hotmail.com
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