terça-feira, 29 de maio de 2012

APROVAÇÃO DA LEI E SUAS CONTRADIÇÕES

                              Disciplina: Língua Portuguesa e Redação
                              Professora: Francisca Moreira de Jesus (Neidinha)
                              Redação, Aluna: Cícera Saraiva de Souza, 3º ano A. Turno: Matutino
                              Escola Monsenhor Vicente Bezerra. Rua Cel. José Leite s/n, Araçá-  Aurora- CE. CEP: 63.360.000. TEL (88)3543.3903. Email: monsenhorvbezerra@bol.com.br


                              APROVAÇÃO DA LEI E SUAS CONTRADIÇÕES
                           

Cicera Saraiva Souza*




Atribui-se ao termo anencefalia, uma má formação no feto, que se manifesta entre a 24º e a 26º semana de gestação; tendo como consequência o não desenvolvimento do cérebro.
Foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) projeto de lei que descriminaliza o aborto de fetos portadores dessa anomalia. O Que vem despertando, em alguns, um sentimento de conquista, e em outros uma total indignação.
A meu ver, tal lei, não passa de uma total agressão à vida, e de uma contradição na sociedade. Agressão, por descartar qualquer possibilidade de um inocente vir ao mundo. É contradição, vez que, vivemos em uma sociedade de políticas contra a discriminação de pessoas especiais, pois de acordo com a médica Cinthia Macedo Specocion (Coordenadora de uma UTI neonatal), crianças anencéfalas podem ser comparadas com qualquer outra criança com algum tipo de deficiência.
Entretanto, segundo ministros favoráveis, o aborto nesse caso, não se trata de crime; visto que, um bebê em tais condições, não teria mais que minutos até vir a óbito; sendo assim, seria um adiantamento do que já seria previsto; argumentaram ainda que, caso a gestação na seja interrompida, a mãe sofreria graves complicações.
Eis que surge outra contradição: Vitória, cujo nome explica sua trajetória de vida, é uma bebê anencéfala, com dois anos e três meses, que, superando qualquer perspectiva, já está começando a engatinhar e, mostra-se sensível aos carinhos de seus pais.
Estes, que lutaram pela não aprovação da lei, dizem em depoimento que no início não foi fácil, mas com fé e muito amor é possível sim, não negar a vida a seu filho.

Portanto, reafirmo que, sou contra esse tipo de lei; e ainda, pondo-me como jovem eleitora dessa nação, espero que tudo isso nos sirva para questionamentos sobre que tipo de pessoas estamos escolhendo para nos representar.

(*) Aluna da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor  Vicente Bezerra, 3º Ano A. Nº 10.  Turno: Matutino. Aurora - Ceará. Email da Escola monsenhorvbezerra@bol.com.br Tel ( 88) 3543.3903



quarta-feira, 23 de maio de 2012

INFÂNCIA SEM TRAUMAS

                                       Charles Leite Bezerra*

A nossa história é testemunha ocular das aberrações, atrocidades, maus tratos, e de toda a violência moral, ética e sexual que fora cometida em face da criança e do adolescente, ao longo do tempo.

Em um passado não muito distante, as crianças tinham seu desenvolvimento físico, intelectual, sexual e psicológico acoplado com os adultos, ou seja, não havia uma separação entre esses dois mundos.

Sabemos que os infantes não são aptos a suportar os esforços físicos desenvolvidos pelos adultos e, no entanto, eram obrigados a realizar empenhos hercúleos, degradantes, e tenebrosos, o que configurava um alívio sádico para os adultos e um martírio feral para as pobres e indefesas almas que habitavam em um corpo impúbere.

Um ser em formação não é um objeto, ou uma brincadeira qualquer, mas, acima de tudo alguém que necessita de um acompanhamento psicológico, emocional e uma estrutura ideal para o seu perfeito desenvolvimento cognitivo.

Nesse sentido, o olhar para uma criança não deve ser apenas algo superficial, banal e vulgar, mas sim, um olhar profundo, intenso, fraternal, capaz de visualizar um indivíduo em busca do desenvolvimento pleno.

Atualmente, em nossa sociedade, presenciamos situações que colocam crianças e adolescentes em situações humilhantes e vexatórias, como por exemplo, trabalho escravo, maus tratos, abusos sexuais, abusos estes, que na maioria das vezes são oriundos de uma dantesca exploração que corrompe e degrada nossa juventude.

Ao observarmos o desenvolvimento histórico de nosso país, vemos que na época do Brasil colônia era comum as atrocidades de cunho sexual, moral e psicológico contra os filhos dos escravos, revelando dessa forma, um alto nível de insensibilidade humana.

A situação pouco se modificou com o passar dos tempos, pois o estado sempre se posicionou de forma omissa à frente das dificuldades existentes no universo infantil.

Para uma melhor compreensão, basta analisarmos os inúmeros focos de trabalho escravo que ainda perdura em nossos pais, onde o alvo desse encarceramento são as crianças e adolescentes desamparadas de qualquer estrutura familiar, econômica e social.

Cumpre ressaltar que, a escravidão que aterroriza nossa juventude não está restrita apenas ao trabalho, mas também, a sua própria dignidade sexual, pois, não raro, ver jovens na prostituição, se entregando totalmente à promiscuidade, ao regalo e a sensualidade.

A fragilidade de nossas crianças e adolescentes abre portas para que os pedófilos e rufiões possam explorar, dilacerar, degradar e corromper jovens, vítimas de uma conduta doentia e maléfica, um verdadeiro festival de corrupção aos seus sonhos e fantasias que são transformados nas agruras de um vale de dor, sofrimento, angustia e depressão. 

As crianças vivem um profundo estado melancólico de abandono e descaso por parte do poder público, detentor este, de uma das maiores “carga tributária” do mundo, capaz  de sanar os problemas sociais de nossa sociedade, porém permanecem de braços cruzados, se negando a exercer de fato o poder no combate a essa promiscuidade que se exterioriza por meio da exploração sexual que, indiscutivelmente, agride qualquer padrão ético e moral.   

Não basta tão somente a letra fria da lei para solucionar todo esta problemática atinente as crianças e adolescentes, mas sim, uma definida estruturação em todo o aparato do estado, extensivo a todos os segmentos sociais, para, a partir daí concretizar em sua plenitude o que preceitua o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O pulsar vivo da sociedade, no escopo de fazer valer os direitos das crianças e adolescentes, passa por toda uma engrenagem jurídica, ideológica e acima de tudo social, pois não basta à simples atuação do poder legitimado, é necessário, portanto, um processo de amadurecimento educacional por parte da população, e, principalmente, a escolha de políticos comprometidos com o bem estar de toda coletividade.

(*) Acadêmico do Curso de Ciências Jurídicas e Sociais -  Direito, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras – PB - FAFIC

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Política e Sua Perversão




Por: Dimas Macêdo (Mestre em Direito, Professor da UFC, Membro da Academia Cearense de Letras - Cadeira nº 11 cujo o Patrono é o  historiador Barão de Studart)            

          A política, que é a latitude máxima da ação humana, em busca de um fim social, e de uma práxis civil e emancipadora, corre em todas as sociedades qual rastilho de pólvora. Não há como deter a sua força, a sua energia dadivosa, o seu poder absoluto de envolvimento e de transformação.
       Não podemos pensar em qualquer forma de sociedade sem que nela não esteja presente o exercício da política. A política é o que é, existe porque tem que existir. É a espinha dorsal e a coluna vertebral do Estado, do município, do poder político de uma forma geral.
          Claro que a política não se submete aos limites da ética, porque a conquista do poder e a sua manutenção constituem, com certeza, um campo de guerra e não tem como ser diferente. Mas é claro que ela pode ser limitada pelas regras do Direito e pelas aspirações de Segurança que rondam o habitat da vida social.
           Em face das conquistas da técnica e da clarificação das consciências, penso que, nos dias de hoje, a política poderia ser um pouco diferente. Deveria estar prioritariamente voltada para o homem, para as suas necessidades e para a superação das misérias sociais, que desafiam a paz e a busca dos Direitos Humanos.
      A política, infelizmente, virou uma grande equação capitalista: transformou-se em patrimônio material de uns e em forma de extorsão com que outros se mantêm no poder, roubando os cofres da Administração, assaltando a partilha do orçamento, transformando tudo em uma mesa de jogo da corrupção e do desvio de recursos.
       Após os avanços da globalização econômica, especialmente a partir da década de 1990, o capitalismo e os seus valores de ordem financeira foram assaltando, gradativamente, a máquina do Estado.
       O mercado substituiu a política e os intelectuais foram expulsos do espaço público, porque a equação capitalista não precisa de ideias, mas de pessoas dóceis à sua sedução material.
         O capitalismo, como sabemos, abomina qualquer discussão de ideias que não seja em proveito da sua utilidade, e que não seja a favor dos monopólios de todos os setores da vida; e a ideologia de ordem econômica e monetária passou a ser, ao que parece, a religião oficial do planeta.
         A cultura, a arte e a educação, que são bases primordiais do humanismo, vêm sendo ultrapassadas, de último, pelos valores da tecnologia; a preparação técnica das pessoas assumiu o lugar da sua formação, do seu aprendizado sistemático e da sua capacidade de interação com os seus semelhantes; e a defesa da Ética e dos Direitos Humanos igualmente vem perdendo o seu lugar nessa nova forma de sociedade, calculadamente fria e esquisita.
           Grande parte das pessoas, hoje, sucumbiu à sedução do consumo, e trocou sua alma pela exibição do seu ego. Muitos não estão nos espaços midiáticos da web porque fizeram alguma coisa de proveito no mundo, mas porque desejam promover as suas fantasias.
           Assusta observar, por outro lado, que o homem perdeu a sua condição de reagir, de se indignar, de denunciar os desmandos da classe política, e de ocupar as ruas e as praças para reivindicar os seus direitos.
            Os que se julgam acima do bem e da verdade, decretaram a morte dos princípios, como se fosse possível convencer os semelhantes com o barulho de suas teses enfadonhas.
            A completa conivência de muitos chefes de Estado, e assim também do último governo do Brasil, para com a mentira e a falsificação da verdade, e para com aqueles que já estão cansados de mandar, tais os exemplos de Fernando Color, Renan Calheiros e José Sarney, são situações que estão, por outro lado, a desafiar a paciência das pessoas.
           No caso específico do Brasil, a busca da justiça social e o resgate da política enquanto vocação parece que não são, decididamente, valores que agradam aos integrantes da classe dirigente.
           E o povo, sempre alimentado de muitas ilusões, se acostumou demais com a mentira e com as esmolas que lhe são destinadas pelas autoridades que estão de plantão, e não desconfia sequer das intenções dos que estão no centro do poder.
 Parece ser mesmo doloroso, para os homens de boa vontade, e para os que lutam pela ética e a dignidade, assistir a ascensão de pessoas despreparadas e gananciosas para a representação parlamentar, e para os postos de comando da máquina do Estado.
           A política não constitui um fim, e o exercício da política, como sabemos, é uma vocação. Não é um patrimônio que se transmite por herança para os apaniguados do poder. A política é uma missão e exige de quem a ela se entrega um compromisso integral e efetivo para com as exigências da vida coletiva.
            No Brasil, infelizmente, a maioria dos políticos ainda não despertou para a grave questão do ambiente e o povo ainda não se sente motivado para os desafios da educação ambiental, o que é lamentável, e a consequência de tudo será a transmissão, para as gerações futuras, dessa conduta irresponsável.
Essa perversão em que a hegemonia da política foi transformada, é a causa da violência social e da violência simbólica que nos cercam; é a causa da proliferação das drogas e das deformações que atacam as novas gerações, e entorpecem a mente dos que gravitam ao redor da máquina do poder.
 Parece mesmo que existe uma desordem no cosmos, causada pela perversão em que se transformou a política, pois a sinfonia planetária, que há séculos encantava a audiência humana, hoje se encontra ameaçada. Empresários inescrupulosos e políticos de visão mesquinha têm feito da ganância e da especulação instrumentos de violação da paz e do equilíbrio da vida em sociedade.
    O meio ambiente vem perdendo a sua qualidade. Agredido pela insensatez e a irresponsabilidade de muitos, agoniza qual um animal sangrado, e pede clemência para a tragédia da degradação ambiental e cosmológica.
            Depois que o homem decretou a morte de Deus e do sagrado, parece mesmo que tudo se tornou possível, cumprindo-se assim a profecia do grande romancista russo Fiódor Dostoiévski.
           A degradação ambiental, que hoje se espalha pelo mundo, tem recebido respostas muito convincentes da própria natureza, que aqui e ali vai se defendendo como pode, através de vulcões e terremotos, degelo das calotas polares, tsunamis marinhos e aquecimento de todas as regiões do planeta.
        O ser humano, contudo, não recua e a sociedade de consumo vai achando normal a circunstância de conviver com o lixo e com as embalagens nunca recicláveis das mercadoras que consome, rejeitando o ciclo natural do ambiente à sua volta e  substituindo-o pelo consumo de mercadorias e serviços provenientes da indústria do tóxico.
          O homem que consome, de forma obsessiva, o ópio do mercado, e que sonha com o desejo do lucro, e que apoia, a seu turno, a poluição da natureza, parece mesmo que decidiu morrer abraçado com a sua imperfeição e com a sua teimosia de viés egoísta. Parece que decidiu sufocar a natureza, almejando assim o seu poder absoluto sobre o cosmos.
            É possível que a voz dos ambientalistas, e daqueles que defendem a natureza, continue clamando no deserto, mas aceitar as coisas de forma diferente, e não reagir contra o agravamento da crise ambiental, me parece o jeito mesquinho de estar no mundo e de aceitar a sua total degradação.
            Assim sendo, urge que as pessoas de boa vontade continuem resistindo ao avanço do mal e ao poder de degradação do universo, resultado da teimosia dos que não acreditam no amor e na compreensão, que maltratam a sensibilidade e tudo corrompem em nome dos bens materiais e dos interesses políticos inconfessos.
          Para além de tudo, no entanto, está a esperança, a dignidade dos que sonham com a vida, que replantam a semente do bem e a partilha da Paz e da Justiça, porque os frutos perenes do amor, a defesa da ética e o denodo dos que lutam pelas formas de afirmação do bem e da verdade são as nossas crenças e os nossos valores de maior valia.


                                                                                                             Fortaleza, inverno de 2012                                                

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Edvânia Tavares parabeniza CREDE 20 pela divulgação do Blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra



Apraz-me, como diretora administrativa da E.E.F.M Monsenhor Vicente Bezerra{ 2012 }, quando aos 85 anos de serviço pela rede pública estadual de ensino, a necessidade da criação do Blog da Escola como uma semente a adentrar no início deste século, a educação pela rede mundial de computadores, a alegria torna-se redobrada, quando na data de hoje vejo no site da CREDE -20 Brejo Santo-CE, notícia que de forma garbosa servirá de fomento para outros educandários.

Com simplicidade, determinação e trabalho coeso de união, vamos, a exemplo dos pioneiros, abrir as portas do mundo online para o conhecimento pulverizado para os mais distantes rincões de meu querido Brasil.

Assinalo também com a mesma grandeza a aluna desta escola, Cícera Saraiva de Souza, inclusive, colaboradora do blog que, com maestria, tenacidade, espírito cívico, ingressa na Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará através de seleção previamente determinada.

Para mim é sempre motivo de felicidade saber que as nossas sementes, betumadas no aroma da humildade, irão florir no pomar dos que lutam pelo zelo do espírito democrático nas instituições sólidas que dão firmeza a nossa Democracia. Assim, quero parabenizar a CREDE -20 pela divulgação do blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra e Cícera Saraiva de Sousa pelo ingresso na DPGE.


Veja matéria publicada na integra no site da Crede -20 - Brejo Santo - CE.


Escola de Aurora lança blog Monsenhor Vicente Bezerra


Qui, 17 de Maio de 2012 00:00

Aos 15 do mês de Março de 2012 completou esta escola 85 anos na dialética de envelhecer renascendo com a educação refletor a luz ao cariri, vem ser a primeira escola de rede pública estadual de ensino da região cariri cearense, oportunidade em que a diretora Francisca Edvania Tavares ciente da responsabilidade histórica educacional para com a região da chapada do Araripe criou o blog da E.E.F.M Monsenhor Vicente Bezerra , com visão a divulgação dos trabalhos dos estudantes do educandário, bem como discorrer sobre a história e assentamentos primeiros do Vale do salgado , oportunizando aos professores e aos educadores de Aurora para postagens de trabalhos relevantes a epistemologia genética da linda região, o blog na verdade, embora sendo o pioneiro, já tem um número de acesso relevante bem como comentários dos próprios alunos. Na extensão da escola esta ferramenta tecnológica, que também une à janela a ponte aos olhos atentos e sedentos do mundo on line – o conhecimento. Para acessar o blog basta digitar no site de busca: blog da Escola Monsenhor Vicente Bezerra.

Redação: Amanda de Oliveira  Leite, professora do laboratório de informática da Escola Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora – Ceará.


domingo, 6 de maio de 2012

AS MÃES DO MONSENHOR


                                                               Luiz Domingos de Luna*

Aurora porta no seu seio protetor, na amamentação diária, na maternidade responsável, a candura de uma mãe dedicada ao seu primeiro filho da Rede Pública Estadual de Ensino no cariri cearense ,o educandário Escola Monsenhor Vicente Bezerra, {15 de março 1927}, o zelo, a predisposição, o planejamento prévio, a aglutinação do pensar feminino, já impresso e timbrado no DNA de preservação da espécie, característica básica da mulher, fez do querido Bairro do Araçá o berço esplêndido para o acolhimento primeiro, deste filho no cariri.

A Luz da racionalidade, da razão pura, sendo entregue este projeto aos racionalistas, com certeza, este filho ilustre de Aurora teria sido abortado, pois o espaço geográfico e a paisagem social não tinham o ouro nem a prata para oferecer ao recém nascido, Muitos gritavam que o Educandário iria ser um uma criança raquítica, frágil, doente e que seria melhor levar a criança para um centro mais desenvolvido. Foi uma verdadeira guerra entre a Razão pura, cristalina e a emoção do universo feminino das queridas mães do bairro Araçá e por extensão as mães de Aurora como um todo.

A refrega continuou, até quando os racionalistas cansados de ouvir tanta cantilena emotiva por parte das mães aurorenses, desabafaram em alto e bom tom: - Esta criança deveria ser abortada, mas dada a teimosia de vocês não mais que 05 anos ela será vitimada pela desnutrição o morrerá a míngua, isto servirá de lição para todas vocês em tentar lutar por uma vida que nós sabemos que é uma sobrevida para a morte.

 Foi feita uma corrente forte e coesa das mães de Aurora para amamentar a criança, as pioneiras foram às mães do bairro Araçá, que mobilizaram toda zona rural, num verdadeiro arrastão digno do heroísmo e a bravura da mulher aurorense.

Assim, com o leite doado pelas heroínas do universo feminino de Aurora, o rebento – Educandário Monsenhor Vicente Bezerra foi criado e alimentado, nutrido e amado pelas mãos carinhosas das mães do querido bairro do Araçá.

A Criança hoje tem 85 anos, mas continua sob o manto protetor do universo feminino, uma luz a brilhar no horizonte da educação no cariri cearense, não por acaso, o dia das mães comemoração da luta incansável destas heroínas – o pátio interno da Escola Monsenhor Vicente Bezerra sempre foi, é, e será a maior concentração de mulheres aurorenses neste dia que representa a vitoria de todas as mulheres de Aurora.

(*) Professor da Escola e Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra- Aurora –CE. CEP: 63.360.000. TEL: (88) 35433903. Email do autor: falcaodouradoarte@gmail.com


terça-feira, 1 de maio de 2012

BULLYING DESTRÓI

Letra, Alunas: Dinara Vieira
                         Sandra Crenilda

Projeto: Cordel em Cena
Disciplina: Língua Portuguesa
Ensino Médio, 1º Série
Professora: Francisca Moreira de Jesus
Escola Monsenhor Vicente Bezerra

Muitos acham engraçado
Mas isto é uma frieza
Sempre que alguém faz isto
Bullying torna-se fraqueza
Quem sofre disso é que sabe
Que bullying só traz tristeza

Meus amigos e amigas
Gente de todo lugar
O Bullying está fazendo
O Mundo todo chorar
Peço-lhe a toda gente
Façam o bullying parar

Na escola a juventude
Não consegue estudar
Com apelidos e mentiras
Tirando até mesmo o raciocinar
Isso atinge as crianças
E jovens de todo lugar

De EUA para Aurora
Para o nordeste brasileiro
Bullying se espalhou
Até mesmo no estrangeiro
Deixando todos ficarem
Tristes bem ligeiro

Os apelidos maldosos
E quem xinga só destrói
Que deixa a gente envergonhada
Até na alma dói
Quem é atingido pelo bullying
No seu coração corrói

O bullying destrói amores
Deixa o coração queimando
Pode tornar depressão
Pois ele vem magoando
Destruindo todos os sonhos
De alguém que está amando

Vamos protestar o bullying
Isto é uma traição
Que prejudica o nosso ser
Mexendo com emoção
Isso não tem nenhuma graça
Só traz ódio no Coração

Eu sei que o mal do bullying
Só traz muito sofrimento
Vamos tomar providência
Porque o bullying é um tormento
Ele faz a cabeça martelar
E prejudica o pensamento

No começo é só revolta
E depois complicação
O bullying derruba a todos
Sem nenhuma educação
Vivendo com a maldade
E também sem coração

Agora você já sabe
Que bullying é atrocidade
Mas pode se acabar
Clamando a sociedade
O Jeito é fazer o bullying
Sumir de nossa cidade.