terça-feira, 21 de outubro de 2014

MONÓLOGO - AS SOBRAS DE MIM...

FOTO: RÔMULO RAYAN HONORATO- DIRTOR DO LUZES DA RIBALTA.
PEÇA TEATRAL:  MONÓLOGO- AS SOBRAS DE MIM.
SÉTIMA ARTE – TEATRO MODERNO, CENÁRIO ÚNICO, COREOGRAFIA E SONOPLATIA APLICADA.
COMPANHIA DE TEATRO AMADOR CULTURAL LUZES DA RIBALTA.
COORDENAÇÃO: NUCLEO GESTOR DA ESCOLA MONSENHOR VICENTE BEZEZERRA, RUA CEL JOSÉ LEITE, BAIRRO ARAÇÁ, AURORA-CEARÁ, CEP: 63.360.000   TEL (88) 3543.3903 EMAIL monsenhorbezerra@yahoo.com.br.
DIRETOR DE OFICINA BÁSICA: RÔMULO RAYAN HONORATO
SEMANA DE ARTE CULTURAL DA ESCOLA.

AS SOBRAS DE MIM - INÍCIO

Hoje, eu vim falar de mim,
Na verdade eu detesto falar der mim,
Porque eu sempre busco a parte, do todo que falta em mim,
E eu detesto buscar essa parte, que falta em mim, no outro
Para formar o todo de minha parte
Eu não entendo precisar dessa parte,

Eu sempre sonhei em ser essa parte,
O todo , o completo...
Outro dia eu estava pensando,
Ora, porque não posso ser uma unidade?
Porque nós todos não podemos também, ser uma unidade universal?
Porque essa carência me define? Transforma-me ?
Em um presidiário de mim.
Eu parto para cima da tela, da masmorra, da cela
Eu sangro,  eu corro, numa vida dilacerada de fracasso
Na verdade eu me dissolvo em pedaços.  
O centro de mim jogado ao espaço
Em buscar a minha parte.

Na verdade, eu não quero  projetar o que não sou,  
Mas o que quero finalmente?
Eu quero  ser a unidade de mim, sem precisar mendigar ao outro
Eu não preciso de ajuda de ninguém
Mas, infelizmente, eu necessito da ajuda de todos

Na força que me atrai e que repulsa,
Já nem sei quem sou
A parte que falta em mim sobra nos pensamentos meus
E a minha parte que era para estar dentro de mim
Está dentro do outro que nem  sei
Pensamentos rejeitados pelos sentimentos  meus.
Eu! trabalho na busca de encontrar, na verdade,
A parte de  sentimento, que são esquecidas ,
Que são diluídos, descartados e jogados no oceano do nada

Eu sofro pelo sentimento meus, esquecidos nos seus, e,
Estar perto desta parte, que fragiliza, que se liga  ao tom  do outro, não quero e, não posso enganar aos verdadeiros meus, com os falsos seus,
Se contudo, numa vida que vagueia, me encontro no que faço
Oh! Sentimento vazio, sem cor, sem brilho, sem luz, sem consistência, uma mera abstração, no oceano da imaginação , na dúvida da dor de ser ou não ser Eis a questão!
A Parte do todo ?
O todo da parte ?
Ou o  todo do todo ?
Senhor, senhor somente eu sou assim ?
E Os outros – Os outros são pedaços ? São mormaços, são farelos ou, são somente as sobras de mim.
Autores: Luiz Domingos de Luna

Rômulo Rayan Honorato.

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